A Coordenação
Nacional da CSP-Conlutas se reuniu no último final de semana na cidade do Rio
de Janeiro para debater temas como a conjuntura e o 2º Congresso da entidade,
que será realizado entre os dias 4 e 7 de junho de 2015, na cidade de Sumaré
(SP). A elaboração de teses, o formato da atividade, os critérios de participação, as finanças e outros aspectos foram discutidos na plenária sobre o 2º Congresso da CSP-Conlutas.
Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, ressaltou a importância da
deliberação de que no congresso serão votadas propostas de resolução e não mais
teses, como é comum em espaços como esse. “É um avanço, visto que a central é
composta por entidades, e que os grupos políticos que dela participam continuam
podendo apresentar suas propostas”, afirma o docente.
O presidente do
ANDES-SN também lembrou a deliberação de que o II Encontro da Rede Sindical
Internacional de Solidariedade e Lutas será realizado no Brasil, após o
Congresso da CSP-Conlutas. “O primeiro encontro foi realizado na França, e
decidimos que sediaremos o próximo, no Brasil. É importante para articular os
sindicatos do mundo, especialmente os da América Latina”, disse Rizzo.
Conjuntura
Marina Barbosa,
professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e ex-presidente do
ANDES-SN, e Rui Braga, professor da Universidade de São Paulo (USP), compuseram
a mesa de conjuntura. Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, afirmou que a
discussão sobre conjuntura foi boa, pois explicitou as dificuldades que serão
enfrentadas pelos trabalhadores durante o segundo mandato de Dilma Rousseff.
“Saímos do debate cientes da necessidade de buscar a unidade dos movimentos
sindicais e sociais em torno de um programa mínimo de enfrentamento à crise”,
afirmou Paulo Rizzo.
Rui Braga, em sua
intervenção, analisou a situação brasileira a partir das grandes mobilizações
de junho de 2013, as lutas dos trabalhadores e movimentos sociais e a reeleição
de Dilma Rousseff. O professor apontou os quatro pilares do governo Dilma, nos
quais o PT não se diferenciaria de um governo do PSDB. “O setor finanças
centralizado pelos banqueiros; o agronegócio, que se impõe sobre os pequenos
agricultores; a construção civil, que obriga o deslocamento de populações
urbanas para periferias; e o da energia, fundamentalmente, o petróleo”.
Segundo Rui
Braga, o que os trabalhadores brasileiros enfrentarão no próximo período tem
muito a ver com a dinâmica da crise que se aprofunda nos países do sul da
Europa. “A crise pela qual passam os países do sul europeu e as medidas de
austeridade que vem sendo implementadas por seus governos para um futuro
imediato vão determinar as políticas aplicadas pelo governo brasileiro”, disse,
acreditando que o governo brasileiro imporá um período de ataques aos
trabalhadores dando um significativo giro à direita.
Marina Barbosa
partiu dos elementos apresentados por Rui e acrescentou mais tópicos da
situação internacional no debate. Entre eles, apontou como fundamental a crise
pela qual passa o capitalismo, que em sua opinião se aprofunda e se agudiza. No
contexto dessa crise, apontou o papel de subalternidade vivido pelos países que
compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
A docente
concluiu elencando também os elementos que caracterizam as motivações das lutas
sociais em vigências, como as por saúde, educação, transporte e moradia, e
também por salários e direitos dos trabalhadores. Marina defendeu que se retome
com intensidade a unidade em torno do movimento classista, para que se mobilize
novamente a classe nesse momento vivido por tantos ataques à classe
trabalhadora.
Fonte: CSP-Conlutas
*Editada por ANDES-SN
Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN
Data: 01/12/2014
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