terça-feira, 29 de setembro de 2015

REUNIÃO DO COMANDO ESTADUAL DE GREVE DO SINDIFPI AVALIA A CONJUNTURA E MARCA ASSEMBLEIA PARA O DIA 7 DE OUTUBRO

O Comando Estadual de Grevedo SINDIFPI realizou reunião ampliada nesta segunda-feira, 28 de setembro, no Campus Teresina-Central do IFPI. Na reunião, representantes de vários campi deram informes das atividades realizadas e das planejadas para os próximos dias. Representantes do SINTAE-IFPI e dos estudantes organizado pela ANEL-PI e pela FENET-PI também fizeram informes.


Os representantes do SINDIFPI no Comando Nacional de Greve do ANDES-SN também fizeram informes do seu período em Brasília, destacando a ocupação do MEC no dia 24 de setembro e o consequente agendamento de reunião com o MPOG para esta semana e com o MEC para o dia 5 de outubro.


 Na avaliação da greve, o Comando Estadual considerou os elementos do Comunicado nº 43 do ANDES-SN, que aponta elementos como  a formalização da proposta de reajuste salarial abaixo da inflação oficializada  pelo MPOG ao ANDES-SN no último dia 24/09, a situação das outras entidades do Fórum de Entidades dos Servidores Públicos Federais quanto à proposta e as perspectivas da greve nacional dos docentes federais.

Após as discussões, foram aprovados os seguintes encaminhamentos:

1) Convocar Assembleia Geral Permanente para o dia 7 de outubro, às 16h;
2) Indicar ao CNG/ANDES-SN a realização de um ato em Brasília no dia 5/10, com envio de caravana do IFPI;
3) Participar da inauguração da reitoria do IFPI no dia  30 de setembro;
4) Realizar um café da manhã com a imprensa no dia 5 de outubro, às 9h no campus Teresina-Central.

SINDIFPI PARTICIPA DO DIA NACIONAL DE PARALISAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS

O SINDIFPI participou, no dia 23 de setembro, do Dia Nacional de Paralisação dos Servidores Públicos Federais, em articulação com o SINTAE, ADUFPI, SINTUFPI, ANEL-PI, CSP-Conlutas-PI e o Sindicato dos Urbanitários do Piauí (Sintepi), para denunciar os ataques aos serviços públicos que os governos vêm implementando por meio do avanço das terceirizações, desvalorização salarial, ausência de negociação efetiva com as categorias, e principalmente os cortes bilionários nas verbas de custeio e investimento em áreas sociais como a educação.

 

O SINDIFPI denunciou o corte de mais de R$ 10 bilhões do orçamento da educação federal no ano de 2015, bem como o descaso do governo com a greve da educação, que passa de 100 dias. Em alusão ao aniversário da Rede de Educação Federal Profissional e Tecnológica, docentes, estudantes e técnicos cortaram um bolo, "descomemorando" a data, em protesto contra a precarização das condições de trabalho nos Institutos Federais, a desvalorização salarial e a desestruturação da carreira docente.


O ato concentrou-se na Agespisa, cujos trabalhadores protestam contra o projeto de privatização da empresa, e também na ponte do meio da Av. Frei Serafim.








DOCENTES FEDERAIS OCUPAM O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO


Docentes federais conquistam reunião com ministro da educação e MPOG


IMG_0854Após uma quinta-feira (24) recheado de manifestações em Brasília (DF), os docentes federais conquistaram, na base da pressão política, duas importantes reuniões de negociação sobre a pauta de reivindicações da greve, que já dura quase quatro meses. Pela manhã, após manifestação em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), a Secretaria de Relações de Trabalho (SRT-MPOG) se comprometeu a reunir com os grevistas. Pela tarde, após ocupação do gabinete do ministro da educação, Janine Ribeiro finalmente se comprometeu em receber os docentes federais em greve no dia 5 de outubro.
As manifestações, que contaram com a presença de docentes em greve de diversas universidades do país e com o apoio de estudantes, começaram logo cedo. Às 10h os manifestantes se reuniram na frente do MPOG, onde exigiram resposta à pauta de reivindicações apresentada no dia 18, e também a marcação de uma reunião previamente acordada com o ministério, mas que desde então não teve confirmação. Sem quaisquer respostas do MPOG desde 31 de agosto, os docentes pressionaram por algumas horas até que Sérgio Mendonça, da SRT-MPOG, se comprometesse a recebê-los na próxima semana, por meio de ofício enviado ao ANDES-SN.
IMG_0774Em seguida, os manifestantes se dirigiram ao Ministério da Educação (MEC). Um grupo de 16 docentes do Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN ocupou o gabinete do ministro Janine Ribeiro por volta das 13h como forma de pressioná-lo a receber a categoria – Janine é o primeiro ministro da educação que não recebeu o Sindicato Nacional em décadas. Os demais manifestantes se concentraram na porta do ministério, onde foram reprimidos pela Polícia Militar com gás de pimenta e cassetetes. O MEC enviou, então, representantes para negociar a desocupação e se dispôs a realizar uma reunião, na mesma hora, entre os manifestantes e a Secretaria de Ensino Superior (Sesu-MEC).
Reunião com Sesu-MEC
IMG_0910Quem participou da reunião foi Jesualdo Farias, secretário da Sesu-MEC. Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, apresentou os novos elementos de negociação dos docentes federais em greve – protocolados no próprio MEC na semana anterior. Rizzo também questionou Jesualdo sobre como as universidades federais serão afetadas pelas novas medidas de ajuste apresentadas recentemente pelo governo federal, entre as quais a suspensão de concursos públicos e o fim do abono-permanência.
O secretário respondeu que não tem como se posicionar sobre os elementos de negociação que incorrem em questões financeiras, pois isso é de atribuição do MPOG, e se esquivou do debate dessas pautas. Em relação aos concursos públicos, afirmou que imagina que os concursos já aprovados serão realizados, mas que isso ainda depende de reuniões com o ministro da educação e com Luiz Cláudio Costa, secretário-executivo do MEC. Jesualdo disse que as medidas de ajuste e arrocho são gerais a todo o serviço público, mas que não tem certeza de como elas afetarão as universidades.
Os representantes estudantis que participavam da reunião questionaram, então, o secretário sobre os cortes orçamentários que sofreu a educação pública, enquanto o governo federal segue investindo dinheiro público em educação privada. Criticaram o fato de que muitos campi de universidades federais foram abertos sem quaisquer condições de permanência estudantil, e exigiram que só fossem abertos novos campi com moradia estudantil e restaurante universitário. Por fim, reivindicaram que o governo federal invista R$ 3 bilhões no Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES).
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Professor Marcos Fernandes Lima, Coordenador de Comunicação do SINDIFPI, durante a ocupação do MEC.
Jesualdo respondeu que o MEC tem retido todos os pedidos de criação de novos campi que não apresentam o mínimo de estrutura para assistência estudantil, mas que as universidades podem, com sua autonomia, construí-los por outros meios. Ressaltou ainda que o MEC tem trabalhado cotidianamente para conseguir recursos adicionais mas, valendo-se da crise econômica, seria impossível a reversão dos cortes.
Olgaíses Maués, 2ª vice-presidente da Regional Norte II do ANDES-SN, cobrou a presença do ministro Janine Ribeiro nas negociações com os docentes federais, lembrando que ele é o único ministro da educação que nunca recebeu o Sindicato Nacional ou os docentes grevistas, e que seria uma sinalização importante de respeito à categoria caso ele aceitasse marcar uma reunião.
O secretário da Sesu-MEC respondeu que tentaria marcar a reunião com o ministro, desde que os docentes desocupassem o gabinete do ministro. A resposta dos docentes foi que não havia confiança no ministério a ponto de desocupar antes de que a reunião fosse marcada, e que a ação radicalizada era necessária, visto que a greve já dura quase quatro meses e as negociações praticamente não avançaram – mesmo com os esforços dos grevistas em apresentar novos elementos para negociação.
IMG_0887Ocupação do gabinete de Janine
A reunião terminou, assim, em um impasse. Os docentes se negaram a desocupar o gabinete enquanto uma reunião com Janine não fosse marcada. Algumas horas depois, com intermediação de uma deputada federal, Luiz Cláudio Costa, secretário-executivo do MEC, se comprometeu a marcar uma reunião entre os docentes federais, estudantes e Janine Ribeiro para o dia 5 de outubro. A proposta foi aceita com a ressalva de que seria importante que a reunião acontecesse já na próxima semana, dada a gravidade da situação da educação pública federal.
Após quase cinco horas, os docentes desocuparam o gabinete do ministro. Giovanni Frizzo, 1º vice-presidente da Regional Rio Grande do Sul, ressaltou que a ocupação foi vitoriosa, pois a intenção da ação era justamente conseguir com que o ministro recebesse o CNG do ANDES-SN. Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, afirmou que as manifestações foram vitoriosas, já que conseguiram fazer com que MPOG e MEC marcassem novas reuniões.
“Não tínhamos resposta do MPOG desde 31 de agosto, e do MEC desde 3 de setembro. Queremos negociar, e, inclusive, apresentamos novos elementos para negociação. Mas foi apenas com muita mobilização que conquistamos essas duas reuniões”, disse o presidente do ANDES-SN.
Confira aqui os novos elementos de negociação, protocolados pelo CNG do ANDES-SN no MEC e no MPOG dia 24 de setembro


Declaração oficial dos docentes em ocupação do gabinete do Ministro da Educação

adesivo e botom 
“Depois de mais de 115 dias da greve da educação federal 16 docentes ocuparam o gabinete do Ministro da Educação, exigindo que o mesmo receba o Comando Nacional de Greve e acabe com o impasse das negociações. Nesse sentido, após debate intenso, deliberamos pela manutenção da ocupação até que o ministro Janine Ribeiro receba o CNG ANDES. Reiteramos que esta ocupação é de inteira responsabilidade do MEC que mantém sua intransigência em não negociar com os docentes em greve”.
Brasília, 24 de setembro de 2015.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

CNG/ANDES-SN protocola no MEC a contraproposta aprovada em 36 assembleias de base


Docentes federais em greve apresentam novos elementos da pauta de reivindicação


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Durante a coletiva de imprensa, realizada na manhã desta sexta-feira (18) na sede do Sindicato Nacional, o ANDES-SN apresentou aos jornalistas presentes as reivindicações dos docentes federais em greve e a avaliação acerca da negociação da categoria com o governo federal acerca das pautas da greve da categoria. Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, também mostrou aos jornalistas presentes a carta que traz novos elementos centrais para negociação da pauta da greve, protocolada nesta manhã pelos docentes no Ministério da Educação (MEC) e no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

A coletiva iniciou com o relato da dificuldade que os docentes federais tiveram em protocolar as cartas nos dois ministérios. O presidente do ANDES-SN contou para os presentes que apenas com intermediação da Polícia Militar foi possível entrar no MEC. No MPOG também houve grande espera para que os docentes fossem autorizados a protocolar a carta.
Em seguida, Paulo Rizzo fez uma retrospectiva da luta dos docentes federais nesse ano e da greve, que iniciou em 28 de maio. O docente criticou os cortes orçamentários, que chegaram a R$ 11 bilhões na Educação, e que estão inviabilizando o funcionamento pleno das Instituições Federais de Ensino (IFE). O docente ressaltou também que, ao longo de toda história de greves do ANDES-SN, esta é a primeira vez que o Sindicato Nacional não é recebido pelo ministro da educação em gestão.
Rizzo também se manifestou contrário à visão que o MEC tem propagandeado de que os problemas das universidades são localizados, e não gerais, e de que é necessário “fazer mais com menos”, cogitando inclusive ampliar parcerias com o setor privado.
“Embora a Secretaria de Ensino Superior (Sesu/MEC) admita os cortes, o governo aponta que os problemas são pontuais, que atingem apenas seis universidades, mas nós sabemos que essa realidade está longe de ser a que assistimos hoje. Para o ANDES-SN é necessário garantir a autonomia universitária e o caráter público da universidade, e isso só pode ser feito com a reversão dos cortes e com mais investimento de dinheiro público em educação pública”, disse Rizzo durante a coletiva.
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O presidente do Sindicato Nacional criticou também o anúncio do governo federal, realizado nesta segunda-feira (14), de mais um pacote de cortes orçamentários, já com vistas para 2016, que visa manter o pagamento de juros e amortizações da dívida ao sistema financeiro, atingindo diretamente o serviço público e programas sociais. Entre as várias medidas apresentadas está a suspensão dos concursos públicos até o fim de 2016 e o fim do abono de permanência. De acordo com Rizzo, essa proposta significará, no futuro, a diminuição do quadro de servidores públicos e um consequente aumento da precarização e da privatização do trabalho nas IFE, indo na contramão de uma das principais reivindicações da categoria docente que é a liberação por parte do MPOG e a divulgação por parte do MEC do cronograma de concurso para as novas vagas, já aprovadas em lei.

Novos elementos da pauta de reivindicações da categoria docente
Ao final da coletiva, o presidente do ANDES-SN apresentou os novos elementos constitutivos da pauta de reivindicações dos docentes federais, elaborados pelo Comando Nacional de Greve do Sindicato Nacional e aprovados por 36 assembleias de base na tentativa de garantir a abertura das negociações efetivamente com o governo e que não apresentam impactos financeiros no orçamento federal.
anexo carta-1
Dentre os novos pontos da pauta de reivindicações referente à defesa do caráter público da universidade e às condições de trabalho estão a exigência ao Ministro da Educação que assine compromisso de não adoção nas IFE da forma mercantil de gerenciamento e contratação, através das Organizações Sociais ou formas equivalentes;  a reversão dos cortes no orçamento, com a garantia dos valores previstos na Lei Orçamentária de 2015 e as suplementações necessárias para garantir a manutenção e investimentos já previstos, levando em conta as demandas pela qualidade do trabalho e estudo, incluindo a assistência e permanência estudantil; e o compromisso com cronograma para a realização de concursos públicos para docentes e técnico-administrativos, de finalização das obras em andamento e a liberação de verbas para novas obras e equipamentos necessários diante da expansão já realizada e projetada pelas IFE.

Além disso, em relação à garantia da autonomia, os docentes exigem a revogação da Lei 9192/95 e o parágrafo único do artigo 56 da Lei 9394/96 (LDB) que ferem os preceitos constitucionais da democracia e da autonomia (escolha dos dirigentes e composição dos conselhos superiores respectivamente).
Já acerca do item que trata da reestruturação da carreira e valorização salarial de ativos e aposentados, os docentes apresentam a possibilidade de aceitação de reajuste salarial parcelado em dois anos (2016 e 2017), condicionado à promoção da reestruturação inicial da malha salarial dos docentes com parâmetros definidos em termo de acordo e fixados em lei, tendo como referência o índice de 19,7%. “Para essa negociação de reestruturação da malha salarial, deve-se partir do piso gerador, que seria o valor do VB para classe A, Auxiliar (MS), DI (EBTT) nível 1, cujo valor é R$ 2.018,77, buscando a superação dos achatamentos vertical e horizontal atuais”, aponta o documento.
“Essa é a terceira vez que os grevistas apresentam novas propostas. Mais uma vez mostramos disposição em negociar, mas falta o MEC nos responder”, finalizou Rizzo.
Confira aqui a carta de reivindicações apresentada pelo ANDES-SN ao MEC.
Fonte: CNG/ANDES-SN
http://grevenasfederais.andes.org.br/2015/09/18/docentes-federais-em-greve-apresentam-novos-elementos-da-pauta-de-reivindicacao/#more-1639

terça-feira, 15 de setembro de 2015

ASSEMBLEIA GERAL APROVA CONTRAPROPOSTA DO CNG/ANDES-SN PARA NEGOCIAÇÃO SETORIAL

A Assembleia Geral Permanente dos/as Docentes do IFPI do dia 15 de setembro foi iniciada com os informes sobre as últimas atividades do Comando Estadual de Greve (participação no Ato dos Excluídos no dia 4 de setembro, realização da Plenária da Educação Federal no dia 9 de setembro, e ato de protesto da educação federal durante a visita da presidente Dilma a Teresina no dia 11 e setembro). Também foi informada a notificação extrajudicial ao Diretor Geral do campus Piripiri, por ter convocado uma reunião com o intuito de deliberar sobre a greve, o que fere a autonomia dos/as docentes quanto ao processo de condução do movimento grevista e as instâncias regimentais de deliberação do SINDIFPI. No ponto da avaliação da Contraproposta do CNG/ANDES-SN para a negociação em mesa setorial, o professor Egmar Oliveira, delegado do SINDIFPI no CNG/ANDES-SN no período de 1º a 14 de setembro, apresentou os elementos da conjuntura que informaram a proposta, como as movimentações do Fórum das Entidades de Servidores Públicos Federais e o estágio das negociações.
Da direita para a esquerda, coordenadora Geral do SINDIFPI, Patrícia Andrade, coordenadora de Etnia, Gênero e Diversidade, Aritana Dutra, e coordenadora de Política e Formação Sindical, Virgínia Lemos

O professor Douglas Bezerra, da UFPI/ campus de Picos, explicou que a contraproposta tem o sentido de manter os cinco eixos da pauta específicas dos docentes federais e promover uma reestruturação a partir de um piso menor e com intervalo variável nos steps, destinados a promover maior equilíbrio entre os mesmos e o avanço para a relação ideal entre o piso e o teto da carreira e entre os três regimes de trabalho.

Prof. Douglas Bezerra, do Comando Local de Greve da ADUFPI


Auditório Maestrina Cloris, Campus Teresina-Central
Após a apresentação e as intervenções, a contraproposta foi submetida à votação e aprovada por ampla maioria da Assembleia. Após o informe de que a FASUBRA ocupou o MEC após o anúncio da suspensão dos reajustes para os Servidores Públicos Federais em janeiro de 2016, a Assembleia foi encerrada com o entendimento de que tão logo ocorra a mesa setorial de negociação, o Comando Nacional de Greve informará os resultados e o SINDIFPI convocará nova Assembleia Geral para avaliar e deliberar sobre os mesmos.


Aprovação da contraproposta do CNG/ANDES-SN

A GREVE NO IFPI CONTINUA enquanto não tivermos uma proposta concreta do governo para a nossa pauta de reivindicações. A resposta do governo precisa contemplar a reversão dos cortes, a reposição salarial e a reestruturação da carreira. Nenhum desses itens foi encaminhado de modo minimamente satisfatório, pelo contrário. Tudo o que foi apresentado até agora são mais cortes, perdas salariais e carreira desestruturada.




ESTAMOS DISPOSTOS A NEGOCIAR DESDE JANEIRO! O GOVERNO É RESPONSÁVEL PELO INÍCIO E PELA CONTINUIDADE DA GREVE!

domingo, 13 de setembro de 2015

Assembleia Geral Permanente: 15 de setembro - avaliação de contraproposta do CNG/ANDES-SN

Tendo em vista a orientação do Comando Nacional de Greve do ANDES-SN para a realização de Assembleias Gerais para analisar a contraproposta do CNG ao governo, o SINDIFPI convoca os/as docentes do IFPI para a Assembleia Geral Permanente:


A Coordenação Estadual do SINDIFPI


Comunicado nº 40 do CNG/ANDES-SN: contraproposta para a negociação setorial com o governo


O Comando Nacional de Greve do ANDES-SN realizou reunião no dia 12/09/2015, tendo como principal ponto de pauta a elaboração de uma contraproposta a ser apresentada na próxima reunião setorial com o governo. O comunicado nº 40, de 13/09/2015, apresenta a contraproposta e os encaminhamentos para as seções sindicais quanto à mesma:

1 – Realizar Assembleias Gerais até dia 17 de setembro, para apreciação e posicionamento das questões apresentadas no texto acima.
2 – Enviar os resultados das Assembleias Gerais para o CNG/ANDES-SN até às 19h do dia 17 de setembro.


Comunicado Nº 40


02 – NOVOS ELEMENTOS PARA DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE NEGOCIAÇÃO DA PAUTA DA GREVE DOS DOCENTES FEDERAIS
O Comando Nacional de Greve, a partir da avaliação de conjuntura encaminhada no Comunicado nº 39, de 11 de setembro, discutiu a necessidade de ampliar a pressão sobre o MEC e MPOG para que estes apresentem respostas concretas a nossa pauta. Considerando que, nas próximas semanas pode ocorrer Mesa de reunião setorial, é necessário que o CNG esteja preparado para confrontar o governo com a exigência de respostas efetivas a questões objetivas de nossa pauta específica. Desta forma, o CNG encaminha para apreciação das assembleias gerais a sistematização dessas questões, conforme se segue.
1- Defesa do caráter público da universidade
1.1- Exigir do Ministro da Educação que assine compromisso de não adoção nas IFE da forma mercantil de gerenciamento e contratação, através das OS ou formas equivalentes;
1.2- Reversão dos cortes no orçamento, com a garantia dos valores previstos na Lei Orçamentária de 2015 e as suplementações necessárias para garantir a manutenção e investimentos já previstos, levando em conta as demandas pela qualidade do trabalho e estudo, incluindo a assistência e permanência estudantil;
2– Condições de trabalho
2.1- Concursos:
Exigir que o MPOG libere e o MEC apresente cronograma de concurso para as novas vagas, já aprovadas em lei: 4.090 para docentes; 150 para o cargo de titular livre e 5091 de STA;
2.2- Obras:
Compromisso com cronograma de finalização das obras em andamento e o compromisso de liberação de verbas para novas obras e equipamentos necessários diante da expansão já realizada e projetada pelas IFE;
3- Garantia de autonomia
Revogação da Lei 9192/95 e o parágrafo único do artigo 56 da Lei 9394/96 (LDB) que ferem os preceitos constitucionais da democracia e da autonomia (escolha dos dirigentes e composição dos conselhos superiores respectivamente);
4- Reestruturação da carreira e Valorização salarial
A partir da aprovação pelas Assembleias dos docentes de que o percentual negociado com o governo deverá ser aplicado à reestruturação da carreira docente, garantida a paridade entre ativos e aposentados, tendo em vista avançar em relação aos princípios e à concepção de reorganização da Carreira, o CNG apresenta os seguintes elementos para apreciação.
O governo, ao apresentar sua proposta de reajuste em quatro anos na mesa setorial, disse que a reestruturação da carreira seria tratada em grupo de trabalho (“Comitê Provisório”), com efeitos financeiros após a incidência dos índices de reajuste em quatro anos, isto é, tais efeitos seriam apenas para 2020 (Comunicado Nº 37, 31/08/2015). A unidade do Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais rejeitou a proposta de reajuste em quatro anos, levando o governo a apresentar, para algumas entidades, redução na temporalidade do reajuste, que passaria para dois anos, mas ainda abaixo da inflação, a saber: 5,5% em 01/01/2016 e 5,0% em 01/01/2017, o que dá um índice acumulado de 10,78%, que está abaixo da inflação do período. Nos termos citados acima, o CNG entende que continua, na greve, a luta para se conquistar valores que recomponham os salários corroídos pela inflação e que as correções da estrutura remuneratória se iniciem já em 2016. Para tanto, apresentamos o estudo abaixo e solicitamos posicionamento das assembleias sobre as questões que estão destacadas no texto.
Tabela 1. Valores atuais dos vencimentos básicos das carreiras do magistério superior e da EBTT e as relações existentes entre piso e teto e entre regimes de trabalho.
tabela1
A tabela 1 é composta pelos valores atuais do Vencimento Básico das carreiras do Magistério Superior e da EBTT, nos três regimes de trabalho, 20 horas, 40 horas e Dedicação Exclusiva. Informa, para cada regime, a relação existente entre o teto e a base, isto é, entre o maior e o menor valor, sendo esta relação, de 1,5 para 20h, 1,55 para 40h e 1,67 para DE. Na proposta do ANDES-SN, com degraus fixos de 5%, esta relação seria constante de 1,8. Há, portanto, um achatamento vertical da tabela. No que diz respeito à relação entre regimes de trabalho, os resultados são diferenciados, com média de 1,43 entre 20h e 40h e média de 1,48 para DE. Na proposta do ANDES-SN, o VB do 40h seria igual a duas vezes o de 20h e o DE seria igual a 1,55 vezes o de 40h. Comparando-se os vencimentos atuais, dos regimes de trabalho, observa-se, então, um achatamento horizontal, que atinge os regimes de 40h e o de Dedicação Exclusiva. Isso significa que a reestruturação da malha salarial tem que enfrentar este duplo achatamento.
Para se trabalhar a correção da tabela, devem ser introduzidos, em termo de acordo e em lei, degraus regulares e que estes sejam os mesmos para os três regimes de trabalho, que passem a vigorar já em 2016, sem prejuízo de modificações para melhorar nos anos seguintes. No que diz respeito às relações entre regimes de trabalho, a maior defasagem pode ser observada quando se olha para a coluna do VB de 40h, cujos valores estão muito afastados do que deveriam ser, o dobro dos valores em 20h. Já para os valores do VB no regime de DE em relação aos valores em 40h, verifica-se que estes estão mais próximos do que é defendido pelo Sindicato. Nas condições atuais deve-se estabelecer em acordo e em lei uma definição para a DE relativamente ao regime de 40h. O desafio é a elevação dos valores do Regime de 40h, o que requer uma elevação da média de 1,43 para 2, demandando um processo progressivo no tempo.
Tabela 2. Variações atuais entre níveis e entre classes, nos regimes de 20h, 40h e DE nas carreiras do magistério federal e as médias destas variações.
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A tabela 2 informa a variação entre cada nível e entre cada classe, que é bastante aleatória, sendo a menor de 0,15% e a maior de 21,9% (destacadas na tabela). Observa-se, em cada regime de trabalho, que as diferenças entre níveis, ainda que sem critérios claros, é inferior às diferenças entre classes. O maior salto ocorre entre C, Adjunto (MS) DIII nível 4 (EBTT) e D, Associado (MS) DIV (EBTT) nível 1: 9,59% no regime de 20h, 13,89% no regime de 40h e 21,9% no regime de DE. Está posto, então, que é preciso apresentar uma proposta que reduza significativamente tal diferença e eleve as que se encontram muito baixas progressivamente. A proposta de carreira do ANDES-SN baseia-se apenas em níveis, assunto que deverá ser tratado em grupo de trabalho. Neste momento, a organização da carreira em classes não deverá estar em discussão, mas apenas a organização da malha salarial. Devemos trabalhar degraus entre níveis e entre classes, e as relações entre os regimes de trabalho para que, de forma gradual se avance na direção da proposta do sindicato.
O CNG encaminha as questões abaixo para apreciação e posicionamento das assembleias.
Questão 1: Condicionar a possibilidade de acordo financeiro com vigência para 2016 e 2017 à aceitação, pelo governo, de promover reestruturação inicial da malha salarial dos docentes com parâmetros definidos em termo de acordo e fixados em lei, tendo como referência o índice de 19,7% já aprovado pelas assembleias,
Para essa negociação de reestruturação da malha salarial, deve-se partir do piso gerador, que seria o valor do VB para classe A, Auxiliar (MS), DI (EBTT) nível 1, cujo valor é R$ 2.018,77, buscando a superação dos achatamentos vertical e horizontal atuais, observados nas tabelas 1 e 2, pois quanto maior for o piso, menores serão as possibilidades para as correções das distorções existentes. Neste sentido, não convém, neste momento, reivindicar o salário mínimo do DIEESE, R$ 3.258,16 (valor de agosto de 2015), conforme consta na proposta de carreira do ANDES-SN.
Questão 2: Na atual negociação manter o piso de R$ 2.018,77 para possibilitar avanços na reestruturação da tabela de VB com degraus na sua evolução vertical e na relação entre regimes de trabalho.
No atual processo de negociação, é preciso discernir entre o que se busca avançar agora e o que fica para ser tratado em grupo de trabalho e negociações futuras. No imediato devem ser tratados aspectos estruturantes básicos e a definição de GT precisa ter aspectos conceituais, o que também precisam ser negociados já. A referência básica do CNG para isso deve ser o acordo firmado com o Secretário da SESU em abril de 2014, pois neste GT precisa haver espaço para tratar de questões tais como: carreira única do magistério federal, um único cargo, uma linha só no contracheque, com incorporação da RT, fim de classes e existência apenas de níveis com degraus constantes entre eles, possibilidade de todos os professores se desenvolverem até o último nível da carreira dentro da faixa salarial correspondente à sua titulação, entre outras questões. Isso significa que, na negociação atual da malha salarial, estaremos trabalhando, ainda, com a existência das duas carreiras, com classes e níveis e com VB e RT. Destas considerações emanam as próximas questões.
Questão 3: Considerando-se que ainda e existem classes e níveis, negociar degraus, que venham a constar em  acordo e em lei, buscando elevar a relação entre piso e teto para cada regime de trabalho, podendo haver diferença para os degraus entre classes e os entre níveis, para reduzir o achatamento vertical, objetivando, ainda a redução da maior variação hoje existente, entre Adjunto nível 4 e Associado (MS) e entre DIII nível 4 e DIV nível 1 (EBTT).
Questão 4: Exigir que os termos de instituição de Grupo de Trabalho proposto pelo governo para tratar da carreira garantam o tratamento das questões estruturantes da proposta do ANDES-SN, conforme acordado com a SESU em abril de 2014.
Questão 5: Exigir que, a partir de 01/01/2016, o VB para DE corresponda a 1,55 vezes o de 40h e que isto conste de acordo e de lei e que se avance progressivamente na relação entre os VB de 40h e de 20h, até que o de 40h corresponda ao dobro do de 20h.
Questão 6: O CNG deve, nos termos estritos das questões 1 a 5, negociar com vistas a obter os avanços estruturais na malha salarial, e qualquer proposta de acordo será submetida à apreciação e deliberação das assembleias.
Evitou-se, nas questões apresentadas, tratar da reorganização da RT, pois suas distorções são muito complexas. A opção adotada é por estabelecer uma elevação do peso do VB na composição da remuneração, com vistas ao tratamento da titulação futuramente. Acrescentamos, em anexo, uma simulação para que se possa ter uma ideia do aqui proposto, lembrando, que se trata apenas de uma simulação.
03 – ENCAMINHAMENTOS:
1 – Realizar Assembleias Gerais até dia 17 de setembro, para apreciação e posicionamento das questões apresentadas no texto acima.
2 – Que os resultados das Assembleias sejam enviados ao CNG, até 19h, do dia 17 de setembro.
04 – ANEXOS AO TEXTO
Simulação de reestruturação da malha salarial em 2016 e 2017
Simulação 2016.
simulação 2016
Simulação 1 2017
simulação 1 2017
 FONTE: CNG/ANDES-SN

Docentes, estudantes e técnicos do IFPI realizam protesto durante a passagem da presidente Dilma por Teresina


O Comando Estadual de Greve do SINDIFPI, juntamente com estudantes organizados pela ANEL-Piauí, técnico-administrativos do IFPI organizados pelo SINTAE-IFPI, professores da UFPI organizados pela ADUFPI membros da CSP-Conlutas compareceram no último dia 11 de setembro ao Teresina Hall, onde a presidente Dilma Rousseff recebeu integrantes de movimentos sociais alinhados ao governo para um evento laudatório intitulado ironicamente de "Dialoga Brasil". 




 Do lado de fora, os que reivindicam esse diálogo desde 28 de maio, início da greve dos docentes federais, mostraram à sociedade piauiense a farsa do lema "Pátria Educadora", que se revela nos cortes de mais de R$ 10 bilhões do orçamento da educação federal, nos anos de perdas salariais acumuladas de docentes e técnicos e na precarização das condições de trabalho e estudo, resultante dos cortes e da política de expansão feita sem garantia de recursos para oferecer uma educação de qualidade aos filhos da classe trabalhadora. 


O ato denunciou a opção do governo pelo grande capital e empresariado, ao realizar um ajuste fiscal que corta direitos trabalhistas, compromete e precariza os empregos para garantir o lucro e cobra dos trabalhadores a conta da crise econômica. A atividade também serviu para denunciar os sindicalistas e movimentos sociais que se colocaram ao lado do governo e colaboram, por ação ou omissão, com os ataques aos serviços públicos.

 Aprovada pelo Comando Estadual de Greve do SINDIFPI, a atividade mostrou a necessidade de continuarmos mobilizados para pressionar o governo federal pela efetiva negociação das nossas pautas e uma resposta concreta e positiva sobre os ataques sistemáticos que tem efetuado sobre a educação pública.