sexta-feira, 27 de março de 2015

HOMOLOGAÇÃO DA INSCRIÇÃO DE CHAPA ÚNICA PARA A ELEIÇÃO DA COORDENAÇÃO ESTADUAL DO SINDIFPI

SINDIFPI
SEÇÃO SINDICAL DO ANDES-SN
COMISSÃO ELEITORAL
ELEIÇÃO PARA A COORDENAÇÃO ESTADUAL 2015

EDITAL DE HOMOLOGAÇÃO

A Comissão Eleitoral do SINDIFPI - S. Sind., no uso de suas atribuições regimentais, vem por meio deste Edital homologar a inscrição da Chapa Única que concorrerá à eleição para a Coordenação Estadual do SINDIFPI - S. Sind., com mandato a vigorar no Biênio 2015-2017.
A Chapa Única inscrita tem a seguinte composição:



CHAPA ÚNICA PARA A COORDENAÇÃO ESTADUAL: 


COORDENADORA GERAL: Patrícia Soares de Andrade (Campus Teresina-Central)
COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO: Marcos Fernandes Lima (Campus São Raimundo Nonato)
COORDENADORA DE FINANÇAS: Gilcelene de Brito Ribeiro (Campus Teresina-Zona Sul)
COORDENADORA DE POLÍTICA E FORMAÇÃO SINDICAL: Virgínia Lopes de Lemos (Campus Valença)
COORDENADOR DE CULTURA E ESPORTES: Tarcísio Arquimedes de Araújo Carneiro (Campus Parnaíba)
COORDENADOR JURÍDICO: Ivan dos Santos Silva (Campus Teresina-Central)
COORDENADORA DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS: Isabel Cristina Rocha Hipólito Gonçalves (Campus Teresina-Central)
COORDENADORA DE ETNIA, GÊNERO E DIVERSIDADE: Aritana Sousa Dutra de Melo (Campus Piripiri)



Teresina, 27 de março de 2015.

COMISSÃO ELEITORAL - ELEIÇÃO PARA A COORDENAÇÃO ESTADUAL 2015 DO SINDIFPI - S. SIND.

segunda-feira, 23 de março de 2015

URGENTE! Governo quer reduzir relação entre folha de pagamento do funcionalismo e PIB.


Ministério do Planejamento disse que só iniciará reuniões com servidores em maio.VAMOS FICAR ESPERANDO!!!???? Vamos aceitar pagar a conta da crise???!!!!


 Fonte: Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN

Data: 20/03/2015



Governo quer reduzir relação entre folha de pagamento do funcionalismo e PIB
Planejamento disse que só iniciará reuniões com servidores em maio

Depois de mais de três horas de reunião com representantes das 32 entidades que compõem o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federias e de mais 14 entidades sindicais e 5 centrais, o ministro Nelson Barbosa declarou que o objetivo do governo é diminuir o peso da folha de pagamento do funcionalismo no orçamento da União e que não há espaço fiscal para atender a reivindicação de reajuste linear de 27,3% apresentada pelo Fórum dos SPF.

“Nós mantemos nossa diretriz já adotada em anos anteriores de promover uma redução gradual do gasto primário com folha de pagamento em relação ao percentual do PIB. Esse gasto primário vem caindo”, disse Barbosa, em entrevista após a reunião. O ministro lembrou que em 2002, último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso a folha representava 4,8% do PIB, já em 2012, caiu para 4,2%, com pequena elevação no ano passado - 4,3% - devido ao desaceleramento do crescimento econômico.

O ministro do Planejamento destacou ainda que a intenção do governo é fechar um acordo para mais de um ano, que possibilite que o gasto da União com a folha continue caindo ao longo dos próximos anos. Barbosa condicionou a possibilidade de negociação à recuperação do PIB e ainda que não reconhece a perda salarial apresentada pelos servidores.

De acordo com o presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo, durante a reunião, o ministro apresentou o problema das contas do governo, destacou que houve um resultado negativo em 2014 e que o todo o esforço do governo neste momento é para reverter essa situação. “No entanto, a fórmula que eles apresentam é o ajuste fiscal, com retirada de direito dos trabalhadores e redução da folha de pagamento do funcionalismo, o que pode representar a terceirização de várias funções no serviço público”, alerta Rizzo.

O presidente do ANDES-SN ainda destaca que o ministro Barbosa aponta para a necessidade de aumentar a arrecadação da União, mas o governo não coloca na pauta medidas como a taxação das grandes riquezas e a auditoria da dívida pública. “O governo fala em aumentar a arrecadação, mas só quer fazer isso à custa dos trabalhadores. No entanto, não mexe na grande sanguessuga do orçamento da União, que é a dívida pública. Ao contrário, promove o ajuste fiscal para continuar pagando os juros e amortização dessa dívida, quando deveria propor a sua auditoria”, complementa.

CalendárioNa reunião com as entidades sindicais, o Planejamento apresentou uma proposta de calendário para início das reuniões em maio, com prazo de negociação até julho já que o envio da proposta de Orçamento de 2016 ao Congresso deve ser feito até 31 de agosto, o que foi rebatido pelo Fórum dos SPF. O ministro do Planejamento disse ainda que as reuniões serão encaminhadas pelo Secretário de Relações do Trabalho, Sergio Mendonça, o qual afirmou que três meses é um tempo razoável para se chegar a um termo de acordo.

“Nós cobramos que seja antecipado o processo de negociação, uma vez que nossa pauta já foi protocolada e não temos que esperar até maio. Colocamos também que não aceitaremos a retirada de direitos dos trabalhadores e reivindicamos que a mesa seja com o Fórum dos SPF, e não com cada entidade, e que os interlocutores do governo tenham poderes efetivos de negociação”, contou Rizzo, ressaltando que apesar das entidades terem sido convidadas individualmente para a reunião, aquelas que compõem o Fórum se apresentaram de forma unificada e cobraram o cumprimento da pauta da Campanha Salarial dos SPF.

O presidente do ANDES-SN destacou a importância da Jornada de Lutas em Brasília no início de abril (7 a 9) para pressionar o governo iniciar o processo de negociação. “Precisamos intensificar a luta para revertermos os ataques aos trabalhadores. Será necessária ampla mobilização dos servidores para pressionar o governo a abrir negociações e avançar na garantia dos direitos sociais e de serviços públicos de qualidade”, ressalta.



Confira a pauta de reivindicações dos SPF aqui

Agenda de lutas dos SPF:
Março: Jornada de lutas dos SPF nos estados, com discussão, nas assembleias, sobre o indicativo de greve unificada dos SPF;



7 a 9 de abril: Jornada Nacional de Lutas, em Brasília (DF), com a discussão sobre o indicativo de greve dos SPF.

domingo, 22 de março de 2015

ASSEMBLEIA GERAL PARA DISCUSSÃO DA CAMPANHA SALARIAL 2015 DO FUNCIONALISMO PÚBLICO FEDERAL

O SINDIFPI realizará Café da Manhã e Assembleia Geral na próxima quinta-feira. 


COMPAREÇA!!!


EIXOS DA CAMPANHA SALARIAL 2015 DO FUNCIONALISMO PÚBLICO FEDERAL
1. Politica salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias;
 2. Índice linear de 27,3%; 
3. Data-base 1º de maio; 
4. Direito de negociação coletiva (convenção 151 OIT);
 5. Paridade Salarial entre ativos e aposentados; 
6. Retirada dos projetos do congresso nacional que atacam os direitos dos servidores;
 7. Aprovação imediata dos projetos de interesse dos servidores;
 8. Isonomia salarial e de todos os benefícios entre os poderes; 
9. Anulação da reforma da previdência realizada através da compra de votos dos parlamentares; 
10. Extinção do fator previdenciário; 
11. Incorporação de todas as gratificações produtivistas; 
12. Fim da terceirização que retira direito dos trabalhadores;
 13. Concurso público pelo RJU; 
14. Combate a toda forma de privatização; 
15. Pela aprovação da PEC 555/06 que extingue a cobrança previdenciária dos aposentados;
 16. Pela aprovação do PL 4434 que recompõe as perdas salariais;
 17. Regulamentação da jornada de trabalho para o máximo de 30 horas para o serviço público, sem redução salarial;
18. Pec 170/2012 – aprovação de aposentadoria integral por invalidez; 
19. Liberação de dirigentes sindicais com ônus para o estado, sem prejuízo as promoções e progressões na carreira; 
20. Pela revogação do FUNPRESP e da EBSERH;



segunda-feira, 16 de março de 2015

REGIMENTO ELEITORAL - ELEIÇÕES DO SINDIFPI PARA O BIÊNIO 2015-2017

SEÇÃO SINDICAL DOS/AS DOCENTES DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ


REGIMENTO ELEITORAL


CAPÍTULO I - DOS OBJETIVOS GERAIS
Art. 1 – O presente Regimento Eleitoral cuida dos requisitos gerais do processo eleitoral para renovação da Coordenação Estadual do SINDIFPI – S. SIND. para o Biênio 2015-2017, obedecendo-se às normas do Regimento do SINDIFPI – S. SIND., devendo o processo eleitoral ser organizado pela Comissão Eleitoral eleita na Assembleia Geral do dia 12 de março de 2015.

CAPÍTULO II – DOS ELEITORES
Art. 2 – São eleitores todos os associados do ANDES-SN da base territorial do SINDIFPI – S. SIND.
§ Parágrafo único – a Comissão Eleitoral disponibilizará lista de votantes por campus do IFPI até cinco dias antes da eleição.
Art. 3 – Das deliberações da Comissão Eleitoral caberá recurso para Assembleia Geral e desta, para o ANDES-SN.

CAPÍTULO III - DA COMISSÃO ELEITORAL
Art. 4 – À Comissão Eleitoral cabe o escrutínio do pleito e a proclamação dos resultados.
§ 1º – Os membros da Comissão Eleitoral eleitos em Assembleia Geral do dia 12 de março de 2015 são os seguintes:

I – Marconis Fernandes Lima (Associado e membro da Coordenação Estadual do SINDIFPI no biênio 2013-2015)
II – Lina Maria Santana Fernandes (Associada)
III – Ayrton Vasconcelos Lima (Associado)

CAPÍTULO IV – DOS REGISTROS ELEITORAIS
Art. 5 – O período de inscrições será de 8 (oito) dias úteis, do dia 16 ao dia 25 de março de 2015.
Art. 6 – As inscrições de candidatos(as) à Coordenação Estadual do SINDIFPI serão realizadas por chapa mediante requerimento solicitando a inscrição da chapa e assinado por todos os membros da mesma, feitas as inscrições na secretaria do SINDIFPI – S. SIND. em Teresina-PI e entregue o requerimento a um dos membros da Comissão Eleitoral, devendo o mesmos conter os nomes dos candidatos, os respectivos cargos que pretendem ocupar e as devidas assinaturas dos membros da chapa, de acordo com a relação de cargos abaixo:

Coordenação Estadual:
I – Coordenador(a) Geral;
II – Coordenador(a) de Comunicação;
III – Coordenador(a) de Finanças;
IV – Coordenador(a) de Política e Formação Sindical;
V – Coordenador(a) de Cultura e Esportes;
VI – Coordenador(a) Jurídico(a);
VII – Coordenador(a) de Políticas Educacionais, e;
VIII – Coordenador(a) de Etnia, Gênero e Diversidade.

Art. 7 – Os(as) candidatos(as) deverão ser filiados(as) ao SINDIFPI – S. SIND. e as chapas deverão ser homologadas mediante Edital de Homologação publicado pela Comissão Eleitoral em até 03 (três) dias após o encerramento das inscrições.
§ 1º – Da decisão de homologação ou não das chapas publicada pela Comissão Eleitoral caberá interposição de recurso por parte das chapas, a ser apresentado até 02 (dois) dias após a publicação do Edital de Homologação da Comissão Eleitoral, devendo a Comissão Eleitoral publicar resultado dos recursos até 02 (dois) dias após o encerramento do prazo de interposição de recursos.

CAPÍTULO V – DA CAMPANHA ELEITORAL
Art. 8 – A campanha eleitoral se inicia a partir da entrega do requerimento de inscrição da chapa junto à Comissão Eleitoral.
Art. 9 – Será reservado para cada chapa espaço e condições iguais para divulgação de materiais da campanha eleitoral nos órgãos de comunicação do SINDIFPI – S. SIND., a partir da homologação das candidaturas.

CAPÍTULO VI – DO PROCESSO ELEITORAL
Art. 10 – As eleições para Coordenação Estadual ocorrerão em turno único, pelo voto direto e secreto.
Art. 11 – As eleições ocorrerão na data de 15 de abril de 2015, no horário de 08:00 às 19:00, em todos os campi do IFPI que possuem filiados do SINDIFPI – S. SIND.
Art. 12 – Será autorizado o voto em trânsito dos/as docentes que se encontrarem fora de seus campi de lotação, nos seguintes termos:
I – comprovação de filiação por meio da apresentação de documento oficial de identificação para conferência do nome na lista de votantes;
II – o voto em trânsito será tomado em separado pela mesa receptora, depositado em um envelope, e em seguida depositado na urna.

CAPÍTULO VII – DA APURAÇÃO
Art. 13 – A apuração deve ser iniciada logo após o encerramento das eleições e realizada pelos membros Mesa Escrutinadora que deverão ser os mesmos membros da Mesa Receptora indicados pela Comissão Eleitoral para realizarem as eleições em cada campus do IFPI.
Art. 14 – As cédulas, na medida em que forem abertas, devem ser examinadas e lidas em voz alta por um dos componentes da Mesa Escrutinadora.
Art. 15 – Serão nulas as cédulas de voto nos seguintes casos:
I – que não corresponderem ao modelo oficial;
II – que não estiverem assinada pelos membros da Mesa Receptora de cada campus do IFPI;
III – quando a assinalação for colocada fora do quadrilátero próprio, tornando duvidosa a manifestação do eleitor.
Art. 16 – Será declarada vitoriosa a chapa que obtiver a maioria dos votos.
Parágrafo único – em caso de empate deverá ocorrer nova eleição, da qual participarão apenas as chapas inscritas inicialmente.

CAPÍTULO VIII – DOS RECURSOS
Art. 17 – As impugnações interpostas à Mesa Receptora e Escrutinadora devem ser julgadas de imediato pela mesmas
Parágrafo Único – Podem apresentar impugnações à Mesa Receptora o candidato, seus fiscais e qualquer eleitor que desejar.
Art. 18 – As impugnações quanto à identidade do eleitor, apresentadas no ato da votação, devem ser resolvidas pelo confronto da assinatura tomada na folha de presença com a existente no documento de identidade apresentado.
Art. 19 – Das decisões da Mesa Receptora e Escrutinadora cabem recursos imediatamente à Comissão Eleitoral, sendo aceitos até o prazo de 15 (quinze) minutos após o encerramento da votação e apuração.
Parágrafo Único – Havendo pendência de recursos quanto à impugnação de votos, estes não devem ser computados.
Art. 20 – A Comissão Eleitoral deve divulgar o Resultado Final das eleições para a Coordenação Estadual após a apuração dos votos, que deverá ser homologado em seguida pela Assembleia Geral, que diplomará os eleitos.
§ 1º - será vencedora a chapa que obtiver o maior número de votos;

CAPÍTULO IX – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 21 – A Coordenação Estadual será empossada em Assembleia Geral, convocada para esse fim, de acordo com o Regimento do SINDIFPI – S. SIND.
Art. 22 – Quem, de qualquer forma, contribuir para a ocorrência de fraude ou descumprimento deste Regimento está sujeito à exclusão do processo eleitoral.
Art. 23 – Os casos omissos neste Regimento Eleitoral deverão ser resolvidos pela Comissão Eleitoral.

Assembleia Geral do SINDIFPI


Teresina, 12 de março de 2015.

ELEIÇÃO PARA NOVA COORDENAÇÃO ESTADUAL DO SINDIFPI SERÁ NO DIA 15 DE ABRIL

A eleição para a renovação da Coordenação Estadual do SINDIFPI ocorrerá no dia 15 de abril de 2015, conforme deliberação da Assembleia Geral do SINDIFPI, ocorrida no último dia 12 de março. Na Assembleia, foi eleita a Comissão Eleitoral que conduzirá o processo, e foram definidas as normas para a eleição, através da discussão e aprovação do Regimento Eleitoral. 
O período de inscrição das chapas irá do dia 16 ao dia 25 de março de 2015, e a campanha eleitoral será iniciada imediatamente após a inscrição das chapas. A eleição será em um único turno, em todos os campi do IFPI. Confira as normas da eleição na postagem seguinte deste blog!

terça-feira, 3 de março de 2015

O SINDIFPI faz parte da luta em defesa da VIDA das Mulheres: 1% do PIB para combater a violência!

Por que aplicar 1% do PIB para o combate a violência contra à mulher?
  
Manifesto do Movimento Mulheres em Luta

O Brasil é o 7º país que mais mata mulheres no mundo fazendo parte da epidemia global que é a violência contra a mulher. A cada 02 horas uma mulher brasileira é morta pela violência machista; a cada 02 minutos 05 mulheres são espancadas e a cada 10 segundos uma mulher é vítima de estupro. Esses dados alarmantes somados com o fato de as mulheres amargaram as piores estatísticas sociais, como ocuparem os piores postos de trabalho e serem a maioria entre a população pobre, fez com o que o Brasil hoje ocupe a 71ª posição no ranking de igualdade de gênero, segundo o Fórum Econômico Mundial, caindo 09 posições de 2013 para cá. 

Mesmo durante o primeiro governo de uma mulher, infelizmente a realidade que vemos é que o combate à violência machista não veio sendo prioridade e não acreditamos que isso se reverta em seu segundo mandato. Apesar de termos tido alguns avanços muito pontuais, Dilma (PT) já demonstrou que não tem compromisso com a vida das mulheres que são submetidas a essa cruel realidade todos os dias, principalmente com as mulheres trabalhadoras, que por sua falta de recursos ficam submetidas a sua própria sorte.

Uma das consequências do enfrentamento a violência machista não ser prioridade é o baixo orçamento destinado a políticas específicas para as mulheres. No ano de 2012, por exemplo, somente com o pagamento de serviços da dívida pública o governo federal desembolsou cerca de R$ 753 bilhões, o que significa que os gastos do pagamento da dívida foram mais de 3.700 vezes maior que o orçamento de 08 anos destinado ao Programa 0156 – Prevenção e Enfrentamento da Violência contra as Mulheres. 

Em 2013, o governo gastou quase 100 vezes mais em propaganda (R$ 2,3 bilhões) do que investiu no combate a violência contra a mulher (R$ 25 milhões). Enquanto preferiu encher os bolsos dos banqueiros e capitalistas com o pagamento da dívida pública, gastando com propaganda de um Brasil que só existe na televisão, o governo Dilma anualmente investiu apenas R$ 0,26 por mulher para o combate a violência machista, segundo o ILAESE. Isso demonstra claramente quais foram às prioridades desse governo. 

A Lei Maria da Penha, implementada no ano de 2006 após muita luta dos movimentos sociais, tem se mostrado ineficaz para o combate a violência contra a mulher. Segundo dados do IPEA, a taxas de feminicídio foram de 5,28 por 100 mil mulheres antes da lei para 5,22 depois da lei, ocorrendo apenas uma sutil diminuição no ano de 2007, ano seguinte a sua promulgação, retornando aos índices dos anos anteriores. Ou seja, mesmo que a Lei Maria da Penha tenha significado um avanço jurídico ela não saiu do papel, e um dos principais problemas para sua efetivação é a falta de estrutura para sua aplicação. Hoje, apenas 10% dos municípios brasileiros possuem delegacias da mulher (DEAMS) e pouco mais de 1% tem casas-abrigo, cruciais para que as vítimas tenham o mínimo de auxílio. 

Além disso, a distribuição desse tipo de serviço é extremamente desigual, concentrando em apenas alguns estados e centros urbanos. De acordo com o IBGE, apenas 12 estados possuem centros de referência de atendimento exclusivos a mulheres em situação de violência e apenas 15 informaram a existência de casas-abrigo, sem mencionar que a maioria deles funciona forma precária e sem equipe especializada. A falta de prioridade e o baixo orçamento justifica o fato de não termos uma rede efetiva de enfrentamento a violência contra à mulher e mesmo que a mulher denuncie, ela não tem garantia de amparo. No Rio Grande do Sul, por exemplo, 20% das mulheres assassinadas pela violência machista, tinham medida judicial de proteção. 

O Projeto “Mulher Viver sem Violência”, anunciado em março de 2013 onde a presidenta Dilma se comprometeu em investir R$ 265 milhões em dois anos (2013 e 2014) para a construção e manutenção de 27 prédios da Casa da Mulher Brasileira e na ampliação da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, além de campanhas educativas de conscientização entre outras medidas também não saiu do papel. No final de 2014, nenhuma das 27 casas prometidas foram entregues e pouco se avançou nas outras promessas e além de não cumprir, o projeto em si já é insuficiente, pois concentra o atendimento as capitais e a um número restrito de mulheres. 

Para combater a violência contra à mulher é preciso de investimento público. O PIB brasileiro no ano de 2013 alcançou os R$ 4,84 trilhões, porém atualmente apenas R$ 188.841.517 é destinado para a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), órgão responsável pelo enfrentamento a violência contra as mulheres, sendo que deste valor apenas R$ 151.100.000,00 foi efetivado, representando cerca de 0,003% do PIB.  

A partir de muitos estudos e debates, nós do Movimento Mulheres em Luta achamos possível à aplicação de 1% do PIB para políticas de enfrentamento a violência contra a mulher. Com 1% do PIB destinado a SPM, é possível construir um Centro de Referência em todos os municípios brasileiros, considerando que nas cidades maiores deve-se ter um centro para cada 50 mil habitantes, sendo uma porta de entrada para a assistência da mulher e seus filhos, construir centros unitários onde se concentre todos os serviços de atendimento à vítima em todas capitais brasileiras e nas grandes cidades, com referência de um para cada 1 milhão de habitantes. Também é possível estruturar um Sistema Nacional de Notificação, um serviço que centralize todas as informações sobre esse tipo de violência. Hoje esses dados são subnotificados, não tem um padrão de coleta que precise os números da violência machista no país. Além disso, a realização de campanhas educativas massivas nos meios de comunicação, produção de cartilhas entre outros materiais para a conscientização do combate ao machismo e a violência contra a mulher. 

A partir desse abaixo-assinado, o MML quer exigir do poder público medidas efetivas para o combate a violência contra a mulher. Com essa ferramenta queremos dizer que é possível investir 1% do PIB para políticas específicas para as mulheres e apresentar um projeto de combate a violência contra à mulher que considere a segurança e assistência a vitima de violência, com centros de referências, casas-abrigos, delegacias especializadas com estrutura e equipes bem treinadas e que também considere medidas de prevenção como campanhas de conscientização. Para isso é central exigirmos 1% do PIB para políticas públicas específicas para as mulheres, pois sem orçamento não conseguiremos concretizar e dar resposta a essa realidade cruel que vítima milhares de mulheres todos os dias. 

Junte-se ao Movimento Mulheres em Luta na Campanha por 1% do PIB para o combate a violência contra à mulher, sem investimento não enfrentamos a violência machista!


CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA ACESSAR O  ABAIXO-ASSINADO - 1% DO PIB PARA O COMBATE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

  https://docs.google.com/document/d/1l0XPraEBkoOrfFIbI_wZWGugJ9Wr8AforeYcjDbSQAc/edit

Agenda de Mobilizações da Campanha Salarial 2015 do Funcionalismo Público Federal


  • Entre 2 e 6 de março: protocolar a pauta dos docentes das IFE no Ministério da Educação, com cópia para o Ministério do Planejamento, solicitando audiência com o Ministro da Educação;
  • 6 de março: Ato Nacional no Rio de Janeiro e nos estados contra a privatização do SUS e contra a Ebserh;
  • Mês de março: Jornada de lutas dos SPF nos estados, com discussão sobre o indicativo de greve unificada dos SPF;
  • Mês de março: enviar para as Seções Sindicais InformANDES especial, frente e verso, para mobilização da categoria;

  1.  de 16 a 25 de março: rodada de Assembléias gerais das seções sindicais do Setor para:
  2. discutir a mobilização da categoria, atualização da pauta local, SPF e a definição de estratégias de luta e negociação;
  3. discutir e deliberar sobre a construção da greve nas IFE para que seja avaliada na reunião do Setor das Ifes;
  4. Pautar nas assembléias a realização de um dia de paralisação na semana da jornada de lutas dos SPF em abril;
  5. 28 e 29 de março: Reunião do Setor das Ifes em Brasília;
  6. 7 a 9 de abril: Jornada Nacional de Lutas, em Brasília, com a discussão sobre o indicativo de greve dos SPF.

06 de março de 2015: Dia de lutas e paralisações em defesa dos nossos DIREITOS!!! Não vamos pagar pela crise!!!!

Coordenação nacional: resolução sobre conjuntura e atividades

02/03/2015

Vamos derrotar as medidas do governo que atacam os direitos dos trabalhadores. Confira, abaixo, a resolução aprovada na reunião da Coordenação da CSP-Conlutas que ocorreu nesse final de semana.

Proposta de Resolução sobre Conjuntura e Atividades

O aprofundamento da crise política e econômica exige uma resposta classista por parte dos trabalhadores

As últimas semanas foram marcadas pela intensificação da crise econômica e política e por processos de mobilização dos trabalhadores, dentre eles as greves dos servidores do Paraná, dos operários da GM de São José dos Campos, de servidores de várias partes do país e ainda por mobilizações como a dos trabalhadores demitidos do Comperj e a paralisação e bloqueios de estradas realizadas pelos caminhoneiros.


A crise política e um processo de ruptura de massas com o governo e também com o PT

Uma série de fatos políticos nesse início de ano seguem aprofundando a crise política aberta com o escândalo da Petrobras, dentre eles a demissão da diretoria da empresa e a nomeação de um presidente já bastante questionado, a derrota do governo na eleição da Presidência da Câmara dos Deputados, a criação da CPI mista da Petrobras e a imposição de uma pauta legislativa contra a vontade do governo, nesse início da legislatura.

A queda de popularidade do governo Dilma (e de todos os governos estaduais) foi detectada em pesquisas de vários institutos, confirmando o sentimento que identificávamos entre os trabalhadores, nos locais de trabalho, estudo e moradia.

A pesquisa do DataFolha indicou ainda outros elementos: a rejeição aos políticos bateu nos 71%, demostrando o desgaste do regime político e uma queda de 10% na preferência do PT entre os eleitores que tem definição por algum partido político. O PT segue sendo o partido mais reivindicado, mais caiu de 22% para 12% na preferência de quem tem partido.

Há uma indignação entre os trabalhadores, o povo mais pobre e os setores médios, que vem crescendo rapidamente. As medidas de ajuste fiscal e sobretudo os ataques ao seguro desemprego, PIS, pensões, combinado com o aumento da inflação e do custo de vida, o aumento generalizado dos preços dos alimentos e das tarifas, a falta de água e possibilidade de apagão, as demissões e notícias de corrupção, com a Operação Lava Jato, fez crescer enormemente a indignação.

A crise da Petrobras alimenta a crise política, econômica e social, oferece combustível, sem nenhum trocadilho, para a oposição de direita também atacar fortemente o governo. A empresa está sofrendo um forte processo especulativo, obras estão paralisadas, demissões estão ocorrendo entre os trabalhadores terceirizados da empresa.

A capacidade de resposta do governo está reduzida, seja pelo cenário econômico, seja pela erosão de sua aliança com o PMDB e os questionamentos dos “de baixo”. 81% da população acredita que a inflação vai subir e 62% que vai subir o desemprego, ou seja, entendem que a vida vai piorar.

Apesar desse cenário, a política do imperialismo e da maior parte da burguesia, incluindo o PSDB, não é o impeachment neste momento. A política da burguesia é chantagear o governo para que aplique todo o ajuste fiscal e ao mesmo tempo desgastar o PT, preparando a volta do PSDB ao governo.

Existem setores minoritários que falam em deposição do governo, mas isso não se traduz em política real, concreta. Há um chamado pelas redes sociais para o dia 15 de março, que não temos como dimensionar como vai ocorrer e com que peso, nesse momento.

Portanto, o que nos parece “novo” no cenário político não é a política da burguesia em relação ao governo, o que mudou foi o grau de ruptura de setores do movimento de massas, de tamanho, rapidez e intensidade muito importantes.

O cenário econômico  


A crise econômica internacional bateu com mais força no Brasil. A desaceleração e estagnação dos BRICs, a China em particular, o principal importador de produtos brasileiros, combinada com a crise e instabilidade política em importantes países da Europa e da América Latina estão trazendo reflexos importantes para a economia nacional.

A retomada do crescimento da economia americana não tem sido um fator suficiente para reverter a instabilidade econômica global, devido a diversos outros fatores que atuam, dentre eles a queda generalizada dos preços das commodities e do petróleo, que se reflete em todas as economias de maneira distinta.

Há outros elementos importantes de análise política que tem muita importância, dentre eles, a crise na zona do Euro, que combinam desde o escândalo do HSBC, o conflito militar na Ucrânia, a situação política e econômica da Grécia, com a retomada de mobilizações populares. Seguem processos revolucionários e guerras civis no Oriente Médio e no Magreb, a ação de organizações como o Estado Islâmico e Al Qaeda, com reflexos nos países da Europa e nas políticas anti-imigração e contra os povos islâmicos. Na América Latina também estão ocorrendo crises políticas importantes em países como a Venezuela, Argentina, México e Peru, dentre outros. Esses temas estão a nos exigir um debate com o tempo necessário e não poderão ser desenvolvidos no âmbito dessa resolução.

No Brasil os reflexos da situação econômica já são sentidos na retomada da inflação e na geração de empregos. De dezembro de 2014 para janeiro deste ano, o desemprego subiu 1% nas seis maiores regiões metropolitanas do país, alcançando o patamar de 5,4% de desempregados nessas regiões, com todas as distorções das fórmulas de cálculo desses índices.

A resposta patronal tem sido descarregar todos os efeitos da crise nas costas dos trabalhadores, com demissões, retirada de direitos e a transferência ou mesmo fechamento de empresas, em alguns casos.

A resposta do governo federal que, embora reeleito, saiu muito enfraquecido das urnas, tem sido a adoção de medidas de austeridade, arrocho fiscal, cortes no orçamento, pacotaços, medidas de flexibilização na legislação trabalhista e previdenciária, que também afetam de maneira muito forte os trabalhadores e o povo pobre. Tudo isso buscando retomar a confiança dos mercados.

Essas medidas, apoiadas no atacado por todos os setores da grande burguesia, seja financeira, agrícola, industrial e de outros setores, não tem sido suficientes para estancar a crise política  do “novo” governo, que segue perdendo popularidade.

Para os trabalhadores, os reflexos variam de região a região, de categoria a categoria, mas afetam todos os setores, em todo o país, refletindo nas economias de estados, municípios e nos mais diversos ramos da economia.

A crise hídrica e energética segue se aprofundando e mais medidas de contenção, cortes de fornecimento e racionamento seguem na pauta dos governos, afetando não só as populações das regiões periféricas, mas também já grandes centros urbanos.

Uma resposta classista para a crise

Há um sentimento de indignação amplo entre os trabalhadores com as medidas que o governo federal tem adotando, que atacam fortemente a classe e, em particular, setores mais pobres. As MPs 664 e 665 são o exemplo mais acabado, ao retirarem direitos de viúvas, desempregados, familiares de presos, doentes.

A polarização cada vez mais aberta entre o governo e a oposição de direita reafirma a necessidade política de construção de um campo de luta, independente do governo e da direita, que se apoie nas mobilizações da classe trabalhadora, para levantar um programa e lutar em defesa do emprego e dos direitos ameaçados.

Nesse momento exige ações concretas, um dia de paralisação nacional unitário, em torno das reivindicações comuns e que possam unificar, ao máximo, as organizações dos trabalhadores.

A política da CUT e de outros setores governistas, lamentavelmente, conduze a classe a um abismo. Dizem rejeitar aspectos da política econômica do governo mas, ao mesmo tempo em que se perdem num emaranhado de negociações, chamam a mobilizar em defesa do “projeto vitorioso nas urnas” e que se “combate a crise com o crescimento econômico e democratização das políticas públicas”, como se a política do governo Dilma fosse diferente da política geral do PT e do bloco no governo.

Existem crises e choques no interior do PT e da CUT mas, por incrível que pareça, sequer são capazes de exigir a saída dos ministros da Fazenda ou da Agricultura, o que já seria algo bem rebaixado depois de 12 anos de governo da frente popular.

Existem também tensões entre os setores burgueses, uma briga no varejo para ver quem leva mais subsídio do governo, se mais para um setor, menos para outro, mas no atacado todos defendem o Ministro Levy e o ajuste fiscal.

Nós devemos explorar essas contradições e lutar pela retirada das MPs 664 e 665, do PL 4330 da terceirização e, inclusive, tentar brecar a reforma política reacionária que começou a tramitar.

A greve geral se coloca como necessidade e tarefa nessa conjuntura

Um chamado à unidade para construir um dia de paralisação nacional rumo à greve geral!

Nesse sentido, a reunião da Coordenação Nacional da CSP Conlutas aprova um chamado amplo de unidade para lutar, dirigido em especial às centrais sindicais majoritárias e demais organizações sindicais e populares do nosso país. Caberá à Secretaria Executiva Nacional dar os encaminhamentos concretos dessa resolução.

Esse chamado passa por exigir a saída das centrais das negociações em torno das MPs (como foi aprovado pelo Fórum das centrais de Minas Gerais) e agora, também, de uma nova reforma da previdência, tema que foi introduzido na última reunião das centrais com o Ministro da Previdência. Nessa reunião, como alternativa ao fator previdenciário, foi ressuscitado o fator 85/95, também prejudicial aos trabalhadores e, em alguns casos, mais perverso que o fator previdenciário.

Não podemos aceitar a manobra do governo e embarcar no jogo de discutir o tamanho da perda que aceitamos, sem lutar e mobilizar os trabalhadores.

A segunda exigência é a unificação dos calendários de luta e mobilização. A dispersão das forças da classe trabalhadora só favorece os patrões e os governos.

O terceiro aspecto é a construção de uma plataforma mínima comum de luta, não imposta a nenhum setor, mas com a disposição sincera de construir mobilizações unitárias, o que inclui, no seu centro, a luta contra o ajuste fiscal e as reformas dos governos federal, estaduais e municipais. Isso se traduz na luta pela revogação das MPs 664 e 665, pelo arquivamento do PL 4330 das terceirizações, pelo fim das demissões e pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, em defesa da Petrobrás 100% Estatal e a exigência de punição, confisco dos bens e prisão de todos os corruptos e corruptores, desde o governo FHC, contra os cortes no orçamento das verbas destinadas às áreas sociais e pela suspensão do pagamento da dívida pública aos banqueiros.

Essa plataforma mínima será levada às centrais para a construção de um acordo para a mobilização. Portanto, não inclui todas as reivindicações de nosso plano de lutas. Da parte da CSP Conlutas seguiremos defendendo as propostas contidas em nosso plano, junto aos trabalhadores, fazendo ampla agitação dessas propostas com os nossos materiais próprios e das nossas entidades filiadas.

No dia 6 de março vamos realizar um dia de luta, com paralisações e manifestações, as mais amplas possíveis


A Coordenação Nacional da CSP Conlutas convoca e chama a todas as organizações sindicais e populares a realizamos um dia de luta e paralisações no dia 6 de março e delega à sua SEN a elaboração de um manifesto que traduza a política da Central para a grave crise que estamos vivendo.

Nessa data queremos (e vamos) paralisar setores importantes, como as bases da construção civil de alguns estados, vamos buscar ampliar e fazer ações de massas e também construir paralisações, mesmo que parciais nas bases de setores sindicais, do movimento operário e do funcionalismo público e em todos os setores em que for possível realizar ações. Onde não for possível realizar ações de massa, propomos que sejam organizadas atividades de agitação, em locais públicos de e as ações possíveis de serem realizadas, como cortes de ruas, estradas etc.

Em algumas cidades estão sendo antecipados os atos comemorativos do dia internacional da mulher para a sexta, dia 6, e essas atividades devem ser incorporadas ao dia de mobilização.


No dia 6, devemos fazer uma ampla agitação de nossas reivindicações e destacar a plataforma mínima de exigência às centrais para a construção da greve geral (contra a juste fiscal, revogação das MPs 664 e 665, contra o PL 4330, pelo fim das demissões e demais reivindicações).


No dia nacional de luta levantaremos um chamado a todas as centrais e movimentos para que construamos uma greve geral para derrubar as medidas do ajuste fiscal.


Embora próximo, o dia 6, já há um grau de preparação deste dia nesses vários setores. Há processos de mobilização amplos entre os trabalhadores da educação, nacionalmente, de movimentos populares, de servidores públicos e categorias em campanhas salariais.

Vamos buscar convergir as iniciativas para o dia 6 e fortalecer as atividades já propostas nas entidades.

Nesse sentido, ganha peso em particular o ato nacional convocado para o Rio de Janeiro, no dia 6 de março, que vai contar com caravanas de todo o país, organizados principalmente pela Fasubra e pelo Andes SN. O ato tem como mote a luta contra a privatização dos serviços públicos, dos hospitais universitários e contra a Ebserh.


Construir um plano de ação rumo à greve geral

O dia 6 de março deve ser encarado como o ponto de partida de uma jornada de mobilizações, que busque coordenar e ampliar as mobilizações em curso, envolver amplamente os mais diversos setores da juventude, movimentos populares, além das categorias organizadas nos sindicatos. Não será ainda um dia de paralisações com o peso necessário para derrotar os duros ataques que nossa classe vem sofrendo.

Mas ganha importância para demarcar uma posição de classe aos atos programados para os dias 13 e 15 de março, capitaneados pelos setores governistas e pela oposição de direita, respectivamente.

Para avançar na construção de um real plano de lutas unificado devemos impulsionar a realização de reuniões, plenárias ou encontros setoriais, regionais e estaduais.

Esses encontros devem ser amplos e abertos aos mais diversos setores dispostos a impulsionar a unidade de ação, não se restringindo às entidades do Espaço de Unidade de Ação, e nosso esforço deve se dirigir para incorporar outros sindicatos, centrais, movimentos populares e de juventude.

Devem ser encontros abertos à base e dirigidos a coordenar e unificar as lutas contra o ajuste fiscal dos governos federal, estaduais e municipais e contribuir, dessa forma, para a construção de uma alternativa à falsa polarização entre o governo do PT e a oposição de direita.

No mês de março e abril diversas categorias de trabalhadores tem suas campanhas salariais. O funcionalismo federal tem uma semana de mobilização, paralisação e caravanas em Brasília entre os dias 6 e 10 de abril, sendo uma referência de unificação e realização de uma mobilização nacional.

Já os trabalhadores da educação, de distintos estados e municípios, tem paralisações agendadas a partir da segunda semana de março. É outro setor que se encontra em mobilização contra as políticas de ajuste dos governadores e prefeitos e pode ser também uma referência na unificação das mobilizações.

Dessa realidade, avançando as condições, podemos indicar uma data de paralisação ou greve geral nacional.

Resolução sobre o Espaço de Unidade de ação

A Coordenação Nacional delega à SEN encaminhar as propostas aprovadas nesta Coordenação às entidades que compõem o Espaço de Unidade de Ação e propõe a essas entidades a realização de uma reunião, conforme deliberado anteriormente, no dia 6 de março, no Rio de Janeiro, aproveitando a presença de delegações de várias partes do país.

Reafirmamos o nosso acordo com as resoluções da última reunião e com o encaminhamento da campanha que tem como mote “Os trabalhadores não aceitam pagar a conta da crise” e que expressam, no essencial, o acúmulo da plataforma de reivindicações construída nos fóruns da Central.

É necessário agora avançar na construção de um plano de lutas, apoiado nas mobilizações em curso e que aponte a construção da greve geral no próximo período.

Plataforma aprovada na reunião do Espaço de Unidade de Ação


  1. Luta em defesa do emprego, contra qualquer forma de flexibilização e precarização do trabalho, contra o PL 4330, pela estabilidade no emprego para todos os trabalhadores, pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial, proibição de remessa de lucros das multinacionais para o exterior, estatização das empresas que demitirem. Nenhum pacto ou acordo que aceite retirada de direitos, como foram o ACE (Acordo Coletivo Especial) e o PPE (Programa de Proteção ao Emprego).

Essa campanha poderá adotar a consigna “demitiu, parou” a ser agitada nos locais em que a patronal está ameaçando ou realizando demissões, de acordo à realidade e disposição dos trabalhadores, bem como a exigência de tomada e controle pelos trabalhadores das fábricas e usinas que estão encerrando suas atividades em diversas regiões.

  1. Pela revogação das MPs 664 e 665, que encerram um duro ataque aos direitos trabalhistas e previdenciários, reduzindo benefícios tais como o seguro-desemprego, o abono salarial do PIS PASEP, a pensão por morte, o seguro defeso, auxílio reclusão e auxílio doença. Essa é, nesse momento, a tradução concreta da nossa posição contra qualquer reforma que retire direitos dos trabalhadores.

  1. Os trabalhadores e a população pobre não podem pagar pela crise de energia e da água. Defendemos que todos os serviços de saneamento sejam estatizados e colocados sob controle da população, através de conselhos de usuários com poder fiscalização e de deliberação sobre as questões de saneamento.

  1. Em defesa dos serviços públicos, contra os cortes no orçamento, contra a privatização, defesa dos direitos dos servidores, contra as políticas de ajuste fiscal, juros, aumento de impostos, não ao SUT, etc.

  1. Contra a criminalização dos movimentos sociais, dos ativistas, da população pobre e negra das periferias. Revogação das demissões de dirigentes sindicais, pela libertação dos presos e fim dos inquéritos contra os ativistas. Chega de mortes das lideranças camponesas, indígenas, quilombolas e religiosas.

  1. Todo apoio e respeito aos trabalhadores assalariados do campo e agricultores familiares. Reforma agrária sob controle dos trabalhadores, prioridade para a produção de alimentos para o povo, garantia de infraestrutura e crédito para os agricultores.

  1. Pelo direito à moradia, pela reforma urbana. Transporte público de qualidade, com tarifa social e rumo à tarifa zero! Moradia para todos, aluguel social e fim da especulação imobiliária!

  1. Defesa da Petrobras 100% estatal e pela volta do monopólio. Todo apoio à campanha “O petróleo tem que ser nosso!”. Apuração e punição de todos os envolvidos no esquema de corrupção. Punição dos envolvidos no caso de corrupção do cartel do metrô e ferrovias de SP.


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