terça-feira, 30 de junho de 2015

Greve dos docentes federais completa um mês

29 DE JUNHO DE 2015

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A greve nacional dos docentes nas Instituições Federais de Ensino (IFE) do ANDES-SN completou um mês neste domingo (28). A cada dia novas seções sindicais do Sindicato Nacional aderem ao movimento paredista e as que já estão paralisadas votam pela permanência e fortalecimento da greve, que, atualmente já conta com a adesão de 38 seções sindicais, segundo o último quadro divulgado pelo Comando Nacional de Greve (CNG), dia 25. Na pauta de reivindicações dos docentes está a defesa do caráter público da universidade, melhores condições de trabalho e ensino, garantia da autonomia universitária, reestruturação da carreira docente e valorização salarial de ativos e aposentados.

Fórum dos SPF rechaça proposta do governo e instala comando de greve e mobilização


29 DE JUNHO DE 2015


Mais de 150 representantes de entidades nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPF) se reuniram neste domingo (28) para discutir a conjuntura e a valiar a proposta apresentada pelo governo federal de reajuste parcelado, até 2019.

A proposta, feita pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (SRT/Mpog) Sérgio Mendonça na última quinta-feira (25) veja aqui, foi rechaçada por unanimidade pelas entidades presentes na Reunião Ampliada do Fórum dos SPF. A assinatura de um acordo plurianual foi considerada inaceitável e vista como um confisco no salário dos servidores federais.

Xote da greve dos Docentes federais 2015

29 DE JUNHO DE 2015

Confira abaixo o vídeo com o Xote da Greve dos Docentes federais 2015, com a letra original da música ‘Xote Ecológico de Luiz Gonzaga’. A composição é de autoria do CNG ANDES-SN 2015.
Confira a letra abaixo:
REFRÃO (2 VEZES):
Não posso mais comprar, o dinheiro já não dá.
A pátria está morrendo, não dá para educar.
Por isso a greve é forte, e devemos lutar.
Para que o governo, queira negociar
1. Cadê a Educação?
O capital comeu.
A verba onde é que está?
O capital comeu.
Cadê a Petrobrás?
Corrupção comeu.
Nem aposentadoria sobreviveu.
2. Nove bilhões da educação?
O corte comeu.
Assistência estudantil?
O corte comeu.
Direito do trabalhador?
Dasapareceu.
Restou a terceirização, que o governo ofereceu.

domingo, 28 de junho de 2015

Caravana Nacional em Defesa da Educação Pública ocorre no dia 7 de julho



26 DE JUNHO DE 2015


CARTAZ FINAL
Reunião da educação federal será realizada no dia anterior
Docentes, técnico-administrativos em educação e estudantes se preparam para realizar um grande ato em Brasília (DF) no dia 7 de julho. A Caravana Nacional em Defesa da Educação Pública, organizada por ANDES-SN, Fasubra, Sinasefe, Anel e Oposição de Esquerda da UNE, será precedida por uma reunião da educação federal no dia 6 de julho, que debaterá a situação de crise pela qual passam as Instituições Federais de Ensino (Ife) – potencializada pelos recentes cortes orçamentários.

QUADRO ATUALIZADO DA DEFLAGRAÇÃO DA GREVE NAS IFE:

QUADRO ATUALIZADO DA DEFLAGRAÇÃO DA GREVE NAS IFE:
(Em destaque as Seções com novas deflagrações).
NúmeroSeção SindicalIFE
01ADUFACUniversidade Federal do Acre
02ADUAUniversidade Federal do Amazonas
03SINDUFAPUniversidade Federal do Amapá
04ADUFRAUniversidade Federal Rural da Amazônia
05ADUFPAUniversidade Federal do Pará
06SINDUNIFESSPAUniversidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
07SINDUFOPAUniversidade Federal do Oeste do Pará
08ADUNIRUniversidade Federal de Rondônia
09SESDUF-RRUniversidade Federal de Roraima
10SESDUFTUniversidade Federal de Tocantins
11SINDIFPIInstituto Federal do Piauí
12ADUFERSAUniversidade Federal Rural do Semiárido
13ADUFALUniversidade Federal de Alagoas
14ADUFSUniversidade Federal de Sergipe
15ADUFPBUniversidade Federal da Paraíba
16SINDUNIVASFUniversidade do Vale do São Francisco
17APUBUniversidade Federal da Bahia
18APURUniversidade do Recôncavo da Bahia
19ADUFOBUniversidade Federal do Oeste da Bahia
20APRUMAUniversidade Federal do Maranhão
21ADUFCGUniversidade Federal de Campina Grande
22ADUFCG-PATOSUniversidade Federal de Campina Grande – Patos
23ADUCUniversidade Federal de Campina Grande – Cajazeiras
24ADUFMATUniversidade Federal do Mato Grosso
25ADUFMAT- RONDONÓPOLISUniversidade Federal do Mato Grosso – Rondonópolis
26CAMPUS GOIÁSUniversidade Federal de Goiás
27ADCAJUniversidade Federal de Goiás – Jataí
28ADUFDOURADOSUniversidade Federal da Grande Dourados
29ADUFMSUniversidade Federal de Mato Grosso do Sul
30ADLESTEUniversidade Federal do Mato Grosso do Sul – Três Lagoas
31ADUFFUniversidade Federal Fluminense
32ADUFRJUniversidade Federal do Rio de Janeiro
33ADUFTMUniversidade Federal do Triângulo Mineiro
34ADUNIFESP-SSindUniversidade Federal de São Paulo
35ADOMUniversidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
36ADUFLAUniversidade Federal de Lavras
37UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina
38SEÇÃO SINDICAL DO ANDES-SN na UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Universidades divulgam como serão afetadas com os cortes de orçamento

26 DE JUNHO DE 2015

UFPA
A Universidade Federal do Pará (Ufpa), a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) divulgaram recentemente como serão afetadas por conta do corte orçamentário de R$9 bilhões realizado pelo governo federal. Ufpa e UFSM tiveram os dados divulgados durante sessões de conselhos, enquanto a Unifesp apresentou como será afetada pelos cortes por meio de uma nota assinada pela reitoria da instituição.

Na Ufpa, os cortes chegarão a quase R$50 milhões no ano de 2015. De acordo com o reitor da universidade, os maiores cortes serão no orçamento de capital, que sofrerá uma redução de cerca de 50%. Do total de R$62 milhões de recursos de capital previstos para este ano, o governo federal irá repassar para os cofres da Ufpa somente R$ 31 milhões. Na verba de custeio, a diminuição deverá girar em torno de R$ 15 milhões, dos R$ 154 milhões que estavam orçados.
Segundo o próprio reitor, com os cortes no  orçamento de capital, não será construído nenhum prédio novo na instituição, a fim de não prejudicar a conclusão das obras em andamento, já impactadas diretamente pelo ajuste fiscal. Na área de custeio, o reitor afirmou que os cortes serão nas atividades-meio, comprometendo os gastos com segurança, energia elétrica, limpeza e combustível.
ufsm
Na Unifesp, segundo nota da reitora, o corte representa uma redução de R$ 25 milhões em investimentos em projetos, obras, acervos, equipamentos e mobiliário, entre outros bens de capital da universidade. A instituição ressalta que o orçamento, sem cortes, já era insuficiente para a manutenção da instituição.

A reitoria diz que as universidades federais, entre elas a Unifesp, realizaram nos últimos anos uma “enorme expansão de vagas” estimuladas pelo governo federal. Essa expansão, no entanto, afirma a Unifesp ocorreu “sem o planejamento e o investimento em infraestrutura à altura dessa ampliação, além da necessária modernização e regularização de nosso patrimônio construído”. “É o momento, em situação de estagnação e desemprego, de investir em obras de edifícios educacionais e seus equipamentos como medida contracíclica. A ‘Pátria Educadora’ precisa dos investimentos que lhe façam jus”, diz.
Já na UFSM, a reitoria divulgou durante o Conselho Universitário (Consun) o tamanho do corte na parte de custeio da universidade, que inclui as contas a pagar, como a dos terceirizados, da água, da luz e do telefone: 10%. Em relação à parte de investimento, o que se sabe é que em média o percentual ficará em torno de 47%, mas o tamanho exato só deverá ser conhecido no final de julho, depois que o Ministério da Educação (MEC) encerrar as reuniões individuais com cada universidade.
A reitoria fez questão de ressaltar que o corte de 10% na parte de custeio é pequeno só na aparência. A redução de verba para essa rubrica implicará em revisões e enxugamentos em contratos com as empresas terceirizadas, que atuam em setores como vigilância e limpeza, medidas que, no entanto, não foram detalhadas por ele. Antes, outras universidades haviam se manifestado sobre problemas orçamentários. Na Universidade Federal da Bahia (Ufba), por exemplo, o contingenciamento de mais de 40% das verbas repassadas para a instituição, aliado a um déficit de R$ 28 milhões relacionados a débitos de 2014,  levou a reitoria a promover um Ato Público em Defesa da Educação no dia 25 de maio.
Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, elogiou o posicionamento dos reitores que divulgaram os cortes. “Há um corte muito profundo nas verbas de custeio e capital. O MEC divulgou as médias nacionais do corte, 11% em custeio e 47% em capital, e precisa ficar claro como esses cortes afetam cada uma das instituições. Então, o pronunciamento dos reitores é fundamental para mostrar a profundidade desses cortes e os problemas que deles decorrem”, disse o docente.
O presidente do ANDES-SN ressaltou ainda a importância dos demais reitores também divulgarem como os cortes afetam suas instituições. “O exemplo desses reitores deveria ser seguido por todos, e por um posicionamento da Andifes de divulgação desses cortes. Não adianta os reitores negociarem em separado com o Ministério da Educação (MEC), porque o que o ministério quer é que os reitores se comprometam com os cortes e que administrem o inadministrável”, concluiu Rizzo.
Greve da educação federal cresce
Os docentes federais têm respondido à situação de crise financeira das universidades com muita mobilização. A greve nacional, iniciada em 28 de maio, e que luta, entre outras coisas, pela defesa do caráter público da universidade e pela garantia de autonomia, já conta com a adesão de 38 seções sindicais, segundo quadro divulgado pelo Comando Nacional de Greve (CNG) na última quinta-feira (25). Confira o quadroaqui.
Andifes pede por negociação entre MEC e grevistas
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) enviou, ao Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, um ofício solicitando a continuidade das negociações com as entidades representativas das categorias em greve na educação federal. A ação, realizada no último dia 18, teve a intenção de pedir que as negociações ocorram com efetividade.
*Com informações de Adufpa-SSind, Sedufsm-SSind e Andifes e imagens de Adufpa-SSind e MultiwebUFSM.

COMUNICADO Nº 19 – 27 DE JUNHO DE 2015 - COMANDO NACIONAL DE GREVE 2015 - 27 DE JUNHO DE 2015

ANDES

COMUNICADO Nº 19 – 27 DE JUNHO DE 2015
O Comando Nacional de Greve realizou reunião nos dias 26 e 27 de junho com os seguintes pontos de pauta:
01 – LISTA DE PRESENTES
02 – MOÇÃO DE REPÚDIO
03 – PARTICIPAÇÃO DO CNG NA VOTAÇÃO DA PEC 171
04 – AVALIAÇÃO
05 – ENCAMINHAMENTOS
LISTA DE PRESENTES:
26/06/2015: Diretoria: Claudia March, Paulo Rizzo, André Guimarães, Maria Regina e Amauri Fragoso. Delegados: José Belizário Neto (ADUA), Ailton Lima Miranda (ADUFPA), Melque da Costa Lima (SINDUFAP), Arturo Gouveia de Araújo (ADUFPB), Tiago Iwasawa Neves (ADUFCG), Solange Maria Kerpel (ADUFCG-PATOS), Sofia Dionizio Santos (ADUC), Salomão Nunes Santiago (ADUFAL), Airton Paula Souza (ADUFS), Diego Ferreira Marques (APUB), Maelison Silva Neves (ADUFMAT), Farayde Matta Fakhouri (ADUFDOURADOS), Valdeci Luiz Fontoura dos Santos (ADLeste), Cleusa Santos (ADUFRJ), Luciana S. Collier (ADUFF), Otávio Augusto Alves da Silveira (UFSC), Marcos Pedroso (ADUFS. Observadores: Marcos Pedroso (ADUFS), Maria Luziete Alves Vanrzeler (ADUFMAT), Elizabeth Barbosa (ADUFF) e Augusto César Gomes Nagy (ADUFAC). Celi Taffarel (APUB), Julio Cesar Emboava Sparió ( ADUFPEL).
26/06/2015: Diretoria: Claudia March, Paulo Rizzo, Maria Regina, Renata Rena; Delegados: José Belizário Neto (ADUA), Ailton Lima Miranda (ADUFPA), Wanderley Padilha (SINDUNIFESSPA), Melque da Costa Lima (SINDUFAP), Arturo Gouveia de Araújo (ADUFPB), Tiago Iwasawa Neves (ADUFCG), Solange Maria Kerpel (ADUFCG-PATOS), Sofia Dionizio Santos (ADUC), Salomão Nunes Santiago (ADUFAL), Marcos Pedroso (ADUFS), Celi Taffarel (APUB), Maelison Silva Neves (ADUFMAT), Farayde Matta Fakhouri (ADUFDOURADOS), Valdeci Luiz Fontoura dos Santos (ADLeste), Cleusa Santos (ADUFRJ), Elizabeth Barbosa (ADUFF), Otávio Augusto Alves da Silveira (UFSC).Observadores: Maria Luziete Alves Vanrzeler (ADUFMAT) , Augusto César Gomes Nagy (ADUFAC), Gonzalo Adrián Rojas (ADUFCG), Luciana Lopes Coelho (ADUFDOURADOS) e Joacir Melo (ASPESJF).
MOÇÃO DE REPÚDIO
MOÇÃO DE REPÚDIO À JUDICIALIZAÇÃO DA GREVE NO CFP/UFCG

Governo propõe reajuste salarial abaixo da inflação para os SPF

25 DE JUNHO DE 2015

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O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fórum dos SPF) e outras entidades sindicais se reuniram na tarde desta quinta-feira (25) com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog), em Brasília (DF), para negociar suas pautas de reivindicações. O Mpog, entretanto, apresentou proposta apenas para reajuste salarial – 21,3% parcelado anualmente de 2016 a 2019 – e não quis tratar das demais reivindicações.

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Sérgio Mendonça, secretário de Relações de Trabalho do Mpog (SRT/Mpog), apresentou a proposta de reajuste parcelado, pago anualmente, nos meses de janeiro, de 2016 a 2019. No primeiro ano, de acordo com a proposta do governo, o reajuste seria de 5,5% – nos demais seria, em ordem, de 5%, 4,75% e 4,5%. Ressaltou que trataria apenas desse item da pauta de reivindicações, estando, do ponto de vista do governo, a negociação dos demais pontos e as reuniões setoriais dependentes do acordo em relação ao reajuste proposto.

O representante do Mpog afirmou que a proposta se baseia em um estudo realizado pelo governo, que levou em consideração aspectos tais quais o crescimento vegetativo da folha salarial dos servidores e a perspectiva de inflação e de retomada do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Justificou-se também, lembrando que o Brasil passa por uma crise econômica e um processo de ajuste fiscal.
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Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, esteve presente na reunião e lembrou que os SPF reivindicam reajuste de 27% em parcela única no mês de janeiro de 2016, e também que os trabalhadores querem discutir todos os pontos da pauta de reivindicações, não apenas o reajuste salarial. De acordo com o docente, todas as entidades presentes na reunião rechaçaram a proposta apresentada pelo Mpog.

Como o Mpog não tinha proposta sobre o prosseguimento da negociação, os servidores propuseram que uma próxima reunião fosse marcada para o dia 7 de julho, o que foi acordado. Nesse meio tempo, as entidades avaliarão em suas bases a proposta de reajuste.
Paulo Rizzo, ao final da reunião, criticou a proposta apresentada. “Como vamos nos comprometer com um acordo que estabelece quatro anos de reajuste sem saber qual será a inflação dos próximos anos? Nossa posição é que os acordos salariais devem ter apenas um ano de duração. Queremos que o governo reavalie a proposta, e também que debata os demais pontos da pauta de reivindicações dos SPF”, disse o presidente do ANDES-SN.
O docente ressaltou que o Fórum dos SPF tem reunião ampliada marcada para domingo (28), em Brasília, e que, nesse espaço, os servidores avaliarão conjuntamente a reunião com o Mpog e prepararão um calendário de ações até o próximo encontro com os representantes do governo federal. “Agora é aumentar nossa pressão, como mobilização e crescimento da greve. E trabalhar para que enchamos de gente a Esplanada dos Ministérios no dia 7 de julho, que também é dia da Caravana Nacional da Educação Federal”, concluiu Paulo Rizzo.