Comunicado Comando Nacional de Greve Nº 9 – 03 de junho de 2015
O Comando
Nacional de Greve realizou reunião no dia 03 de junho com os seguintes pontos
de pauta:
01 – Lista de Presentes
02 – Avaliação
03 – Encaminhamentos
04 – Quadro atualizado da deflagração da greve
nas IFE
Lista de Presentes: Diretoria: Paulo Rizzo / Giovanni
Frizzo / Marinalva Oliveira / Cláudia March e Macário. Delegados: ADUFPA (José
Carneiro), ADUFRA (Benedito Gomes Santos Filho), SINDIFPI (Marconis Fernandes
Lima), ADUFPB (Maria Aparecida Bezerra), ADUFS (Jailton de Jesus Costa), APUB
(Sara da Nova Quadros Côrtes), ADUFMAT (Alexandre Paulo Machado), ADUFDOURADOS
(Andérbio Márcio Silva Martins) e ADUFF (Sérgio Aboud). Observadores:
APUFPR (Adriana Dalagassa), ADUFF (Marina Cavalcanti Tedesco), ADUFCG (Roberto
de Sousa Miranda) e ADUFMAT (Vanessa C. Furtado).
Avaliação:
A deflagração da greve nacional dos
docentes das Instituições Federais de Ensino (IFE) iniciou no dia 28 de maio
com 18 Seções Sindicais paralisadas e, neste momento, se ampliou para 24. A
construção da greve nacional é uma resposta da categoria aos ataques do governo
à educação pública, através dos cortes no orçamento, os processos de
privatização e retirada de direitos trabalhistas. A mobilização docente também
é resposta a mais de um ano sem efetiva negociação por parte do governo federal
a nossas pautas. Nesse sentido, a reunião de 22 de maio de 2015 foi emblemática
quando o Ministro da Educação em exercício, Luiz Cláudio Costa, negou o acordo
assinado em 23 de abril de 2014, entre o governo e o ANDES-SN, sobre pontos
iniciais de restruturação da carreira a partir de aspectos conceituais.
Estamos construindo a greve em uma
conjuntura bastante adversa, não somente sob o ponto de vista das disputas de
projetos de educação, mas também de questões objetivas de criminalização dos
movimentos sociais combativos. Cabe ressaltar a massiva participação da
categoria nas assembleias gerais convocadas pelas seções sindicais do ANDES-SN,
reafirmando a legitimidade deste espaço político para definição dos rumos da
mobilização e da luta dos docentes federais. O processo em curso tem apontado
para o crescimento da greve nacional, já estando confirmadas a realização de
assembleias pelo país, com diferentes níveis de mobilização.
A deterioração das condições de
trabalho e o desmonte do caráter publico das IFE se intensificaram. Os cortes
orçamentários que recentemente retiraram 9,4 bilhões da educação está
inviabilizando o funcionamento de diversas atividades de ensino, pesquisa e
extensão. A decisão do STF de que as Organizações Sociais (OS) são
constitucionais, demonstram que o governo federal, o Congresso Nacional e o
Poder Judiciário atuam na caracterização do discurso da “Pátria Educadora” como
explicitação da implementação do Plano Nacional de Educação (PNE). Soma-se ao
conjunto de ações de ataques ao serviço público o Projeto de Lei da
terceirização já aprovada na Câmara e em tramitação no Congresso Nacional,
aguardando apreciação do Senado. Ou seja, diminuição do financiamento público
para a educação pública, ataques aos direitos sociais e trabalhistas e
ampliação da mercantilização da educação.
Diante desse contexto, as diversas
categorias da educação pública tem aumentado as lutas para enfrentar os
governos que implementam, de forma subordinada, a agenda empresarial de
mercantilização da educação. Além dos docentes federais, é importante destacar
a forte greve nacional dos técnico-administrativos convocada pela FASUBRA, as
grandes mobilizações que os estudantes têm realizado, a greve dos docentes das
universidades estaduais e o grande contingente de greves da educação básica nas
redes públicas de ensino do Brasil.
É com a compreensão de que somente a
luta poderá fazer frente ao desmonte da educação pública, que é preciso
fortalecer a greve nacional dos docentes federais nos locais em que foi
deflagrada, bem como apontar ações no sentido de construção da greve nas IFE
que ainda não aderiram ao movimento paredista. Há necessidade de prosseguir
articulando ações em conjunto com os demais Servidores Públicos Federais (SPF),
impulsionando a construção da greve unificada dos SPF, especialmente da
educação pública federal, indicando a convocação da greve geral para o conjunto
da classe trabalhadora.
Encaminhamentos de ações:
Mês de junho: construir nacionalmente e nos
locais encontros da educação federal
10 de junho: reunião das entidades da educação
federal (ANDES-SN, FASUBRA, SINASEFE, OE-UNE e ANEL) em Brasília-DF
11 de junho: participação do CNG/ANDES-SN e
CNG/FASUBRA no pleno da ANDIFES
12 de junho: Dia Nacional dos Apaixonados pela
Educação Pública: construir atos nos estados em conjunto com
técnico-administrativos, estudantes, docentes da educação básica e das
universidades estaduais com o mote: “Educação Pública: namore esta ideia e
assuma um compromisso”
8 a 19 de junho: atos unificados nas IFE em
conjunto com técnico-administrativos e estudantes, para pressionar as Reitorias
acerca das pautas locais e cortes no orçamento
Quadro atualizado da deflagração da greve nas IFE
(Em destaque as seções com novas
deflagrações)
Número
|
Seção
Sindical
|
IFE
|
01
|
ADUFAC
|
Universidade
Federal do Acre
|
02
|
SINDUFAP
|
Universidade
Federal do Amapá
|
03
|
ADUFRA
|
Universidade
Federal Rural da Amazônia
|
04
|
ADUFPA
|
Universidade
Federal do Pará
|
05
|
SINDUNIFESSPA
|
Universidade
Federal do Sul e Sudeste do Pará
|
06
|
ADUFOPA
|
Universidade
Federal do Oeste do Pará
|
07
|
ADUNIR
|
Universidade
Federal de Rondônia
|
08
|
SESDUFT
|
Universidade
Federal de Tocantins
|
09
|
SINDIFPI
|
Instituto
Federal do Piauí
|
10
|
ADUFERSA
|
Universidade
Federal Rural do Semiárido
|
11
|
ADUFAL
|
Universidade
Federal de Alagoas
|
12
|
ADUFS
|
Universidade
Federal de Sergipe
|
13
|
ADUFPB
|
Universidade
Federal da Paraíba
|
14
|
APUB
|
Universidade
Federal da Bahia
|
15
|
ADUFOB
|
Universidade
Federal do Oeste da Bahia
|
16
|
APRUMA
|
Universidade
Federal do Maranhão
|
17
|
ADUFCG-PATOS
|
Universidade
Federal de Campina Grande – Patos
|
18
|
ADUC
|
Universidade
Federal de Campina Grande – Cajazeiras
|
19
|
ADUFMAT
|
Universidade
Federal do Mato Grosso
|
20
|
ADUFMAT-
RONDONÓPOLIS
|
Universidade
Federal do Mato Grosso – Rondonópolis
|
21
|
CAMPUS
GOIÁS
|
Universidade
Federal de Goiás
|
22
|
ADUFDOURADOS
|
Universidade
Federal da Grande Dourados
|
23
|
ADUFF
|
Universidade
Federal Fluminense
|
24
|
ADOM
|
Universidade
Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
|
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