ABAIXO SEGUE UM ARTIGO
MUITO BOM PUBLICADO NO SITE DA ADUFPI ORIGINALMENTE INTITULADO “POR QUE PARALISAR NOSSAS ATIVIDADES NOS DIAS 19 E 25 DE ABRIL?”, NO QUAL SÃO APRESENTADOS
E DEFENDIDOS DE FORMA BEM DIDÁTICA OS MOTIVOS PARA OS PROFESSORES FEDERAIS
LUTAREM POR MELHORES SALÁRIOS, POR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO E POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE.
NESTE MESMO ARTIGO SÃO
DESCRITOS OS PROBLEMAS QUE ESTÃO PRESENTES NO DIA-A-DIA DE PRATICAMENTE TODOS
OS PROFESSORES FEDERAIS, TANTO OS PROFESSORES DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS QUANTO
NÓS PROFESSORES DOS INSTITUTOS FEDERAIS.
POR QUE PARALISAR NOSSAS ATIVIDADES?*
1) Porque estamos com excesso de
trabalho, trabalhando inclusive aos finais de semana e nosso salário não
satisfaz nossas necessidades.
2) Porque a expansão que passa a
Universidade pública brasileira não é acompanhada da melhoria de nossas
condições de trabalho, destacadamente de nossos salários, extremamente
defasados em termos de poder de compra e em termos relativos, quando comparados
com outras categorias do funcionalismo público.
3) Porque no ano passado, em meio às
negociações com o Andes-SN (Sindicato Nacional, do qual a Adufpi é seção
sindical), o governo se comprometeu a incorporar as gratificações aos nossos
salários, aplicar 4% de "reajuste" sobre os mesmos - o que valeria
para os salários de março de 2012. Estávamos com um indicativo de greve
aprovado nacionalmente e o suspendemos em função do acordo. O que fez o
governo? Mandou um projeto para o Congresso Nacional que se encontra
engavetado. Não há previsão para sua apreciação. Quando há interesse o governo
edita Medida Provisória.
4) Também como parte das negociações
do ano passado, o governo se comprometeu a definir até março deste ano, junto
com os representantes dos professores federais, uma nova carreira docente, onde
esperamos que nela o salário de fato valorize nosso trabalho. Até agora, as
negociações estão muito aquém do que esperamos. A palavra de ordem do governo é
"restrição orçamentária". Aceita discutir a carreira, mas não quer
saber de impacto disso no orçamento federal, ou seja, não quer discutir
salários dignos.
5) Porque nas negociações do governo
com as categorias do funcionalismo público federal, Sérgio Mendonça (secretário
do Ministério do Planejamento - MPOG) afirma que não é possível mexer nem nos
valores dos “benefícios” (auxílio alimentação, transporte, plano de saúde,
etc.), porque o governo se encontra com restrição orçamentária.
6) Porque pelas indicações que temos,
o projeto da LDO 2013 (que está sendo encaminhado ao Congresso Nacional) prevê
aumento da arrecadação federal e superávit primário nominal de R$ 155,9
bilhões, mas nada de reajuste para o funcionalismo público federal.
7) Porque se nada fizermos AGORA, não
teremos nada para 2013, o que significa manter o mesmo salário do ano passado
(2011). Em julho, o governo fará as últimas alterações na LDO (Lei de
Diretrizes Orçamentárias – que define o orçamento federal) e pretende aprová-la
logo em agosto por conta das eleições municipais. Qualquer indicação de
reajuste salarial (ou carreira docente) deve ser tomada ainda neste primeiro
semestre.
8) Porque há inúmeros outros ataques
contra o serviço público, os servidores e a Universidade. Entre os quais o
fundo de previdência complementar do funcionalismo, que significa a
privatização da previdência pública.
9) Porque defendemos a Universidade
pública, gratuita e de qualidade e sabemos que sem salário digno não teremos
esta Universidade que tanto almejamos.
10) Porque estas paralisações são uma
forma de pressionarmos o governo a atender, ainda que parcialmente, nossas
reivindicações. Lembrem-se que, desde 2005, não há greve docente nas
universidades federais. Temos exercitado um poder de paciência enorme.
Muitos outros argumentos poderíamos
levantar, mas o fundamental é que, nos dias 19 e 25 de abril, nós vamos
parar... E você?
*Fonte: ADUFPA com
adaptações.
ARTIGO NO SITE DA ADUFPI LYNK: http://www.adufpi.org.br/noticias/por-que-paralisar-nossas-atividades-nos-dias-19-e-25-de-abril-
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