segunda-feira, 30 de abril de 2012

“POR QUE PARALISAR NOSSAS ATIVIDADES?"

ABAIXO SEGUE UM ARTIGO MUITO BOM PUBLICADO NO SITE DA ADUFPI ORIGINALMENTE INTITULADO “POR QUE PARALISAR NOSSAS ATIVIDADES NOS DIAS 19 E 25 DE ABRIL?”, NO QUAL SÃO APRESENTADOS E DEFENDIDOS DE FORMA BEM DIDÁTICA OS MOTIVOS PARA OS PROFESSORES FEDERAIS LUTAREM POR MELHORES SALÁRIOS, POR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO E POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE.
NESTE MESMO ARTIGO SÃO DESCRITOS OS PROBLEMAS QUE ESTÃO PRESENTES NO DIA-A-DIA DE PRATICAMENTE TODOS OS PROFESSORES FEDERAIS, TANTO OS PROFESSORES DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS QUANTO NÓS PROFESSORES DOS INSTITUTOS FEDERAIS.
POR QUE PARALISAR NOSSAS ATIVIDADES?*
1) Porque estamos com excesso de trabalho, trabalhando inclusive aos finais de semana e nosso salário não satisfaz nossas necessidades.
2) Porque a expansão que passa a Universidade pública brasileira não é acompanhada da melhoria de nossas condições de trabalho, destacadamente de nossos salários, extremamente defasados em termos de poder de compra e em termos relativos, quando comparados com outras categorias do funcionalismo público.
3) Porque no ano passado, em meio às negociações com o Andes-SN (Sindicato Nacional, do qual a Adufpi é seção sindical), o governo se comprometeu a incorporar as gratificações aos nossos salários, aplicar 4% de "reajuste" sobre os mesmos - o que valeria para os salários de março de 2012. Estávamos com um indicativo de greve aprovado nacionalmente e o suspendemos em função do acordo. O que fez o governo? Mandou um projeto para o Congresso Nacional que se encontra engavetado. Não há previsão para sua apreciação. Quando há interesse o governo edita Medida Provisória.
4) Também como parte das negociações do ano passado, o governo se comprometeu a definir até março deste ano, junto com os representantes dos professores federais, uma nova carreira docente, onde esperamos que nela o salário de fato valorize nosso trabalho. Até agora, as negociações estão muito aquém do que esperamos. A palavra de ordem do governo é "restrição orçamentária". Aceita discutir a carreira, mas não quer saber de impacto disso no orçamento federal, ou seja, não quer discutir salários dignos.
5) Porque nas negociações do governo com as categorias do funcionalismo público federal, Sérgio Mendonça (secretário do Ministério do Planejamento - MPOG) afirma que não é possível mexer nem nos valores dos “benefícios” (auxílio alimentação, transporte, plano de saúde, etc.), porque o governo se encontra com restrição orçamentária.
6) Porque pelas indicações que temos, o projeto da LDO 2013 (que está sendo encaminhado ao Congresso Nacional) prevê aumento da arrecadação federal e superávit primário nominal de R$ 155,9 bilhões, mas nada de reajuste para o funcionalismo público federal.
7) Porque se nada fizermos AGORA, não teremos nada para 2013, o que significa manter o mesmo salário do ano passado (2011). Em julho, o governo fará as últimas alterações na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias – que define o orçamento federal) e pretende aprová-la logo em agosto por conta das eleições municipais. Qualquer indicação de reajuste salarial (ou carreira docente) deve ser tomada ainda neste primeiro semestre.
8) Porque há inúmeros outros ataques contra o serviço público, os servidores e a Universidade. Entre os quais o fundo de previdência complementar do funcionalismo, que significa a privatização da previdência pública.
9) Porque defendemos a Universidade pública, gratuita e de qualidade e sabemos que sem salário digno não teremos esta Universidade que tanto almejamos.
10) Porque estas paralisações são uma forma de pressionarmos o governo a atender, ainda que parcialmente, nossas reivindicações. Lembrem-se que, desde 2005, não há greve docente nas universidades federais. Temos exercitado um poder de paciência enorme.
Muitos outros argumentos poderíamos levantar, mas o fundamental é que, nos dias 19 e 25 de abril, nós vamos parar... E você?
*Fonte: ADUFPA com adaptações.

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