sábado, 2 de junho de 2012

SOLIDARIEDADES NACIONAIS E INTERNACIONAIS A NOSSA GREVE


Ato público e passeata da greve                         Estudantes da UFRJ aprovam greve estudantil

Federação de trabalhadores franceses encaminha nota de apoio à greve dos docentes

Além dos apoios que vem recebendo de entidades sindicais brasileiras, os docentes das instituições federais em greve estão tendo a solidariedade de trabalhadores de outros países. O ANDES-SN recebeu nesta quinta-feira (31) uma nota do Conselho Nacional da FSU (Fédération syndicale Unitaire) da França de apoio pleno “à luta dos colegas do ensino superior do Brasil e o sindicato deles (ANDES-SN)”. O texto ressalta que a categoria está mobilizada “em defesa das condições de trabalho, do ensino público gratuito e de qualidade no país.”

O ativista e intelectual peruano Jose Ramos Bosmediano mandou uma mensagem de solidariedade aos
docentes das instituições federais em greve. Para Bosmediano, a política de ajuste vem desde o governo Lula, que vez acordos com a burguesia nacional brasileira, mas ele lamenta o fato de que uma “ex-guerrilheira, como Dilma, continue com o neoliberalismo”.


Mais apoios do setor da Educação


Reunido nessa quarta-feira (30), o Conselho Universitário da Universidade Federal Fluminense (UFF) decidiu apoiar a greve dos três segmentos (professores, servidores técnico-administrativos e estudantes) e aprovar a indicação de suspensão do calendário acadêmico-escolar. Com isso, atividades acadêmicas realizadas a partir da efetivação da suspensão não serão reconhecidas pela instituição.

O Conselho aprovou, ainda, a criação de uma comissão de ética paritária que, ao término da greve, avaliará
possíveis casos de assédio moral. Outra deliberação foi a garantia de que não haverá nenhuma retaliação ao
movimento paredista e de que haverá liberdade para a construção da greve no interior da universidade.

Na Universidade Federal de Uberlândia, Conselho Universitário, reunido no dia 25 de maio, reconhece o estado de greve dos docentes e dos estudantes. “Além disso, é sensível às reivindicações pautadas e rejeita qualquer cerceamento à livre expressão de docentes, técnicos administrativos e estudantes”. O Conselho Universitário da Universidade Federal do Amazonas, reunido extraordinariamente no dia 29, também aprovou uma moção de apoio à greve, reconhecendo a legitimidade da greve e repudiando qualquer forma de retaliação aos grevistas.

Os técnico-administrativos da Universidade de São Paulo, reunidos nessa quarta-feira (30) em assembleia,
aprovaram uma moção de apoio à paralisação nas federais, em que também defendem a construção de uma
mobilização maior. “É necessário unificar as pautas específicas de cada local em conjunto com as pautas
estudantis, e em aliança com as demandas democráticas do conjunto da sociedade e, sob a mesma bandeira, organizar uma forte greve nacional para derrotar o projeto capitalista de educação, alcançando uma educação gratuita, de qualidade e a serviço da maioria da população”, conclama a nota.

Na Universidade de Campinas, os técnico-administrativos também aprovaram, em assembleia, uma nota de
apoio ao movimento grevista nas instituições federais de ensino. Para os trabalhadores da Unicamp, “os
professores precisam de dignidade na carreira e nas condições de trabalho e de reconhecimento do papel que exercem em nossa sociedade.” A assembléia é contra o sucateamento das Universidades e pelo fim do assédio moral. “É primordial a luta pela universidade pública, gratuita e de qualidade”.      Data: 01/06/2012


Mais entidades prestam solidariedade à greve nas instituições federais

Aumenta a cada dia o número de apoios recebidos pelos docentes das instituições federais em greve. Nesta
semana, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) encaminhou uma nota de irrestrito apoio à paralisação dos docentes das federais “por entender como legítima a luta por melhores condiçõe de trabalho e pela qualidade social da educação na universidade brasileira.”

O texto da CNTE também afirma esperar que o Ministério do Planejamento juntamente com o Ministério da Educação “abram canal de negociação e atenda às demandas apresentadas, reconhecendo o direito dos
docentes de negociar as suas condições de trabalho e perspectivas de carreira para o bom funcionamento  a
educação superior e consequentemente qualidade na educação como um todo.”

Nesta quarta-feira (30), o Comando Nacional de Greve (CNG) recebeu mensagem da diretoria executiva do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região em que eles prestam solidariedade ao movimento grevista.

A moção critica o fato de o governo Dilma ter cortado R$ 5 bilhões do orçamento da educação nos últimos dois anos, o fato de o Plano Nacional de Educação (PNE), em votação no Congresso Nacional, prever pouco mais 7% do PIB para a educação e o processo de expansão das instituições federais, que não veio acompanhada dos recursos necessários.

O resultado dessa expansão, segundo a nota, foi a “falta de assistência estudantil (bolsas, restaurantes
universitários, moradias e creches universitárias), professores efetivos, estrutura física, novos prédios e
seguranças nos campi”.

Em assembleia realizada segunda-feira (28), os docentes da Universidade de São Paulo também aprovaram uma moção de apoio à greve nas instituições federais de ensino. “A luta ora desenvolvida pelo ANDES-SN diz respeito à defesa da educação superior pública de qualidade no país e das condições de trabalho e remuneração dos docentes, que ao lado dos funcionários técnico-administrativos e dos estudantes constituem o maior patrimônio das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), sem o qual não seria possível desenvolver dignamente as atividades essenciais de ensino, pesquisa e extensão”, afirma a moção.

Na Universidade Federal da Paraíba, o Conselho Universitário aprovou esta semana moção de apoio ao
movimento grevista dos professores e manifestou “integral concórdia com a pauta de reivindicações da greve, especialmente a necessidade urgente de re-estruturação da carreira”. O Conselho também deliberou por suspender a consulta eleitora, em segundo turno, para a escolha de reitor da UFPB.

Outro Conselho Universitário que aprovou uma moção de apoio à greve foi o da Universidade Federal do
Amazonas, que considerou justa a pauta de reivindicações dos docentes “em defesa de melhores condições de trabalho, valorização da carreira docente e do caráter público, gratuito e de qualidade das universidades
públicas”. O Conselho também reconhece que a greve é um direito de todo servidor público, independentemente de sua condição contratual e “repudia qualquer forma de retaliação contra discentes, técnico-administrativos em educação e docentes em greve”. Nessa reunião do Consuni fo aprovada a suspensão do calendário acadêmico.

Os técnicos-administrativos da Universidade Federal de Juiz de Fora, que estão na iminência de também
paralisarem suas atividades, também aprovaram moção de apoio à greve dos docentes. Eles acusam o governo de descaso com os servidores públicos e de não atender as principais reivindicações dos professores das universidades federais, como a re-estruturação da carreira.

O Diretório Central Acadêmico (DCE) e os centros acadêmicos dos cursos de biologia, história, letras e geografia do campus de Porto Nacional da Universidade Federal do Tocatins aprovaram uma moção de apoio à greve dos docentes e marcaram para esta quarta-feira (30) uma manifestação em prol dos docentes. “Somente com uma greve forte que ganhe a opinião da comunidade universitária e que tenha expressão na sociedade é que teremos vitórias concretas, por isso é importante a participação em conjunto”, defende a nota. O texto também argumenta                                                 Data: 30/05/2012

Mais entidades prestam solidariedade à greve nas instituições federais

http://www.andes.org.br:8080/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=5388

que a “melhoria da educação superior no Brasil passa por investimentos e pela valorização dos profissionais”.

Mesmo nas instituições federais que não estão em greve, como na Universidade Federal do Ceará (UFC), a
comunidade acadêmica está aprovando moções de apoio à greve. Na última segunda-feira (28), o Conselho Departamental da Faculdade de Educação da UFC, em reunião ordinária, declarou seu apoio ao movimento grevista “reconhecendo a legitimidade e a justeza de suas reivindicações de reestruturação da carreira, recomposição dos salários e melhoria das condições de trabalho.”                     31/05/2012 16:14







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