segunda-feira, 13 de agosto de 2012

QUE OUTROS REITORES ESPALHADOS PELO PAÍS GOZEM DA SANIDADE E DA AUTONOMIA DO REITOR DA UNB!!!!


O reitor José Geraldo de Sousa Junior definiu como excessiva a medida anunciada pelo advogado-geral da União em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada neste sábado, 11 de agosto. Luís Inácio Adams afirmou que os reitores das universidades federais que não informarem os nomes de professores e funcionários em greve serão responsabilizados por improbidade administrativa. A paralisação nas instituições de ensino superior já dura quase três meses.
O argumento do advogado-geral é que a improbidade estaria acontecendo “porque o desconto é um dever do administrador”. “Não é um direito, não é uma faculdade”, disse na entrevista. Para José Geraldo, a improbidade só poderia ser questionada se a Justiça tivesse definido a situação da greve. “Somente com a questão judicializada, poderia se definir aquilo que é essencial preservar. A definição é o parâmetro para se verificar o que está sendo cumprido ou não pelos reitores”, diz.
José Geraldo explica que a atribuição principal dos reitores é salvaguardar o cumprimento das finalidades das universidades durante a greve, que não se restringem ao ensino. “É preservar a garantia de reposição das aulas, de atribuição dos diplomas, de conclusão das pesquisas, de cumprimento dos acordos realizados, do desenvolvimento de projetos, que são atribuições da atividade docente inseridas em seu desempenho cotidiano que continuam se realizando durante a greve”, afirma. “A atividade dos professores não se resume às salas de aulas, mas inclui a orientação de projetos de pesquisa, de iniciação científica, de extensão, de orientação de trabalhos”, explica.
O reitor esclarece também que, ainda que a exigência de Luís Inácio Adams fosse inquestionável, seria difícil cumpri-la. “Os professores não têm ponto. A atividade docente não é definida pelo número de horas individualizadas, mas pelo produto final. E, ainda que o ponto existisse, é muito difícil verificar quem está trabalhando e quem não está, porque a greve não é algo que seja parte da supervisão administrativa. A greve é uma situação de fato. Então, isso requer investigação, apuração. Ainda assim, é quase uma condição de auto-declaração”, afirma.

2 comentários:

Lossian Barbosa Bacelar Miranda disse...

Todas as desgraças que fazem aos outros, querem que também sejam feitas a nós, sem levarem em conta as nossas peculiaridades. No entanto, os privilégios alheios não podem ser os nossos. É como nos versos de Altevir Alencar de Alto-Longá:

"Sinto doer em mim a dor que dói nos outros, mas sinto que a dor que dói em mim não dói em ninguém".

Peço desculpas a este poeta se não consigo me lembrar direito deste pequeno trecho que meu pai me ensinou.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda disse...

A partir da UnB foi que espalhou-se as eleiçõs diretas nas escolas públicas do Brasil, quando na sgunda metade da década de 80 nós alunos e servidores elegemos Cristovam Buarque e o entregamos em passeata para a posse no MEC. Exatamente por isto ele foi o mais importante reitor da época. E qualquer um que queira merecer o nome de reitor da UnB não pode esquecer a força dos alunos e servidores reunidos.