sexta-feira, 24 de agosto de 2012

PROFESSORES E ESTUDANTES DO IFPI PARTICIPAM DE ATO PÚBLICO UNIFICADO DOS 100 DIAS DE GREVE DA EDUCAÇÃO FEDERAL

   Professores e estudantes do IFPI participaram nesta sexta-feira, 24/08, do ato público unificado em alusão aos 100 dias de greve da educação federal, deflagrada em 17 de maio de 2012. O ato foi realizado no cruzamento da Avenida Frei Serafim com a Rua Coelho de Rezende, no centro de Teresina.
    A participação do IFPI contou com estudantes e professores do Campus Teresina-Central, Zona Sul, Angical, Paulistana e Floriano. Foram realizadas intervenções de cada uma das entidades presentes no ato, distribuídos panfletos informativos à população sobre a greve no IFPI e, ao final do ato, os que passavam pela Avenida, em carros e ônibus, receberam fatias do bolo oferecido pelos manifestantes.
Confira as imagens do ato:




















  



























Um comentário:

Lossian Barbosa Bacelar Miranda disse...

A politização da greve

A síntese das negociações até o presente momento é a seguinte:

Neste domingo, a partir das 13h, serão retomadas as negociações. Sindicatos em greve têm até a próxima terça-feira (28) para dizer se aceitam ou não a proposta de reajuste salarial oferecida pelo Governo, de 15,8% em três parcelas até 2015. O Governo afirma que não é possível avançar na proposta de reajuste e que não há mais tempo hábil para a análise de contra-propostas (http://g1.globo.com/politica/noticia/2012/08/rodada-de-negociacao-entre-governo-e-grevistas-termina-sem-acordo.html).

Isto indica que cem dias foi pouco tempo para negociar, ou não quiseram negociar. Daqui a poucos dias esta greve vai bater recorde de greves no Brasil. Nestes mais de trinta anos que acompanho de perto o movimento sindical no Brasil nunca vi tanta ostentação de desprezo por uma greve.

As propostas governamentais têm sido excessivamente impositivas e “engessantes” para o movimento sindical, deixando suas reivindicações salariais dependentes de atos governamentais futuros. Por exemplo, o governo diz que o titular vai ganhar mais, porém, ele pode, estatisticamente, apertar a torneira deste acesso, ocorrendo o mesmo com "outras vantagens". Em qual universidade brasileira constitui direito líquido e certo de qualquer mestre fazer doutorado no momento que quiser? Ou fazer concurso para titular?

Essencialmente, esta greve não possui caráter político. Mas o Governo, ao que parece, não tem visto assim, pois tenta tirar o maior proveito político da mesma. A proposta governamental é financeiramente fraca, pois há muito tempo, estamos sem reajuste, ao contrário de outras categorias. E porque este Governo faz proposta para até 2015 se a eleição presidencial é em 2014? Quer parar as reivindicações salariais até os primeiro ano do próximo Governo? Enquanto nós estamos numa labuta para sustentar nossas famílias "aqui e agora", tem gente propondo sossego governamental com antecipação trianual.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda.