Aliás, muitos jornalistas piauienses, por desconhecimento ou má fé (não sei o que é pior) parecem pensar que a greve se resume à UFPI, quando temos no IFPI, 8 dos 11 campi em greve.
E muitos ainda disparam esse papo de que "existem outras formas de protesto"!
Os que fazem esse discurso nunca apontam um caso em que servidores conseguiram mudanças estruturais em suas carreiras, condições e trabalho e remuneração sem os que tenham recorrido à paralisação de suas atividades.
Como se gostássemos de fazer greve! De nos desgastar com os estudantes e suas famílias, acumular trabalho, fazer manifestações, receber ameaças, virar noites estudando propostas e fazendo cálculos para discutir com a categoria, trabalhar em dobro quando voltarmos às aulas!
Não, não gostamos de fazer greve, nós gostamos e queremos trabalhar, ministrar aulas, fazer pesquisa e extensão. Mas precisamos de condições para isso. Estamos pensando na educação federal a longo prazo, tentando evitar que sua estrutura seja deteriorada e que as condições de trabalho e de estudo sejam insustentáveis.
Já tentamos outras alternativas, prezados articulistas, estudantes e pais de memória curta.
Olhem para os anos em que tentamos, sem sucesso, elaborar conjuntamente com o governo um plano de carreiras, e tudo o que recebemos foram cancelamentos de reuniões, descumprimento de acordos, descaso com as negociações.
Olharam? Agora me digam: quem é mesmo que não quer negociar aqui?
Apontem uma só forma de manifestação que faça o governo tratar com seriedade a nossa situação, que nós a adotaremos com todo gosto. No aguardo!
GILCELENE BRITO - COMANDO ESTADUAL DE GREVE DO IFPI
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