terça-feira, 10 de julho de 2012

EXEMPLO A SER SEGUIDO - DIRETOR DO INSTITUTO FEDERAL -CAMPUS DE CAMPINA GRANDE NÃO CEDE AOS INTERESSES DO GOVERNO FEDERAL!!!!


Amigos, na condição de diretor-geral do Campus Campina, como não poderia ser diferente, quero externar minha compreensão de que é necessário que o Governo Federal esgote todas as instâncias interlocutórias de negociação, na mesa fixada para esse fim, buscando uma solução negociada para o impasse que vivenciamos.

Entendo que a gestão deve se posicionar contra o uso de todo e qualquer instrumento coercitivo ou repressivo para intimidar os trabalhadores. A direção geral não se servirá de massa de manobra do Governo para reprimir a categoria dos trabalhadores.
Posiciono-me na intransigente defesa do diálogo e da negociação respeitosa entre as partes envolvidas e sobretudo, por ser trabalhador e passar pelas mesmas agruras e vicissitudes de todos. Então, não admito sequer cogitar a hipótese de cogitar com o uso da força arbitrária do corte do ponto, uma manobra intolerável de retrocesso, inadmissível em tempos de democracia e de diálogo.

Este gestor não permitirá o emprego de ações repressoras e intimidatórias impingidas ao lado mais fraco - os trabalhadores -, que apenas estão exercitando o seu direito de lutar pela elevação da dignidade de sua nobre missão pública de formar uma legião de jovens e adultos brasileiros espalhados por toda a nossa territorialidade. Minha recomendação, nesse momento, é de equilíbrio e serenidade, mas também de firmeza em defesa e amparo dos nossos trabalhadores. Se o Governo Federal quiser cortar o ponto dos servidores, que venham os burocratas de Brasília para fazê-lo, pois não seremos nós, diretores, e nem os servidores dos Recursos Humanos que praticarão esse fratricídio.

Neste sentido, na próxima reunião do Colégio de Dirigentes, que provavelmente será realizada na sexta-feira (dia 13/07), estarei propondo a elaboração de um documento subscrito pelo conjunto dos diretores-gerais de todos os campi do IFPB, a fim de preservar o sentimento de justiça e conclamar a busca de uma solução negociada, calcada no respeito à dignidade de todos.

Confio na prevalência do bom senso e na sensatez.

Um grande abraço a todos,

Nicácio
Diretor-geral do Campus Campina Grande

FONTE: http://www.sinasefe.org.br/v3/index.php/greve-do-sinasefe/noticias/364-exemplos-a-serem-seguidos

Um comentário:

Lossian Barbosa Bacelar Miranda disse...

A Representatividade do SINDIFPI

Li a carta aberta encaminhada pelo Magnífico Reitor do IFPI


[http://mail-attachment.googleusercontent.com/attachment/?ui=2&ik=2324dabcdc&view=att&th=13868710b425cee2&attid=0.1&disp=inline&safe=1&zw&saduie=AG9B_P_Nx3bcy470NWYb5H6kSdj&sadet=1341973730999&sads=7y4syXsCMXZ0PQkswNNpa1Swke0].


Fui presidente fundador do Sindicato dos Docentes do IFPI e ele próprio o apoiou antes de ser eleito Diretor Geral do antigo CEFET-PI. Acompanhei e participei de todo o processo de criação deste sindicato, há minha assinatura em quase tudo relacionado aos seus primeiros dois anos e digo que ele é um dos orgulhos de minha vida. Ainda me lembro de tudo de memória, pois de tudo vivenciei. Reuniões com os dirigentes do ANDES-SN, Assembléia Geral de Criação, ata de criação, elaboração do regimento, busca pelo advogado para ele assinar todas as folhas do regimento (a este eu muito agradeço), ida ao juiz para ele reconhecer o sindicato (despachou prontamente!), ida para órgãos de divulgação oficial, divulgação em diário oficial (demorou um pouco), ida ao Ministério da Fazenda e à Previdência Social (chegaram a pensar mal de mim e com justa razão, pois o sindicato não tinha empregados e eles não estavam acostumados com isto), busca pelo contabilista (se servidor público pudesse fazer elogios, este não escaparia, jamais, dos meus). Ainda houveram idas posteriores a outros órgãos. Ah! Como deu trabalho! Eu tive medo, fazendo quase tudo sem muita segurança (e taxas existiram e eu gastei. Mas ganhava melhor do que hoje, penso!) e assumindo sozinho as responsabilidades dos meus atos, apesar do grande apoio dos co-fundadores. E a eleição para escolha do primeiro presidente! Eu fui candidato único, mas tinha que ter o voto da maioria absoluta. Oh, eleição chata! O medo de ser refugado é horrível. Aí veio a eleição para Diretor Geral do antigo CEFET-PI. Os membros do sindicato e da própria diretoria se dividiram em grupos de apoio aos vários candidatos. Ocorreu o glorioso plebiscito em prol da desincompatibilização, vitorioso com uma votação jamais alcançada nesta instituição (a força do sindicato está na categoria quando apóia uma idéia justa!). Após um ano eu estava em total fogo cruzado. Não abandonei, pois sabia que se o fizesse, talvez o sindicato não sobrevivesse, e se sobrevivesse, teria começado muito mal. Foi com muita alegria que após dois exatos anos, promovi eleição e entreguei a presidência para João Bosco de Sousa Almeida, a quem quero deixar registrado os meus singelos agradecimentos.
Foi com muita tristeza que eu li a moção de repúdio do ANDES-SN


[http://sindifpi.blogspot.com.br/2012/06/mocao-de-repudio-do-57-conad-andessn.html]


pois o meu desejo sempre foi o de que jamais deveria existir qualquer motivo para isto. E com muito mais tristeza eu li, também, o argumento de que o sindicato é pequeno ("representatividade ínfima"). Quando o Reitor, que é um só, age corretamente, representa o IFPI, da mesma forma que o Presidente do SINDIFPI representa a categoria dos seus Professores. E são iguais, como tais. Quando a Presidenta também assim procede, representa a Nação. Porém, se o mais vil dos brasileiros for ao Ministério Público fazer uma reclamação de interesse geral, sob o ponto de vista da representatividade, neste ato será o maior dos representantes da Nação, o representante do Estado Democrático de Direito.


Professor Lossian Barbosa Bacelar Miranda - filiado ao SINDIFPI.