sexta-feira, 13 de julho de 2012

Considerações do Professor Tiago Zurck sobre a PROPOSTA APRESENTADA PELO GOVERNO para os professores em GREVE!!!


PROFESSORES DEVEM RECUSAR A PROPOSTA DO GOVERNO FEDERAL: ela não representa os interesses da categoria

por Tiago Zurck, sexta, 13 de Julho de 2012 às 20:46 ·
CAROS PROFESSORES E ESTUDANTES,


De fato, é uma ótima notícia do ponto de vista da apresentação, finalmente, da proposta do governo.Mas, não é uma ótima notícia do ponto de vista da fala do governo já que o mesmo em coletiva ao vivo na NBR disse ser esta A PROPOSTA, ou seja, não há negociação, para o governo. Essa não é A PROPOSTA, é uma das propostas, pois NÓS, PROFESSORES (ANDES-SN) TEMOS A NOSSA PROPOSTA, TAMBÉM. 


A NOSSA PROPOSTA É AQUELA QUE MELHOR REPRESENTA OS INTERESSES DOS TRABALHADORES, PROFESSORES, DA REDE FEDERAL DE ENSINO.


A PROPOSTA DO GOVERNO É AQUELA QUE MELHOR REPRESENTA OS INTERESSES DO GOVERNO, DE SUA POLÍTICA DE SUCATEAMENTO E PRIVATIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR EM CURSO NO BRASIL.


Tenho certeza absoluta que essa proposta do governo será veementemente negada pela categoria. Porque não inclui os principais elementos por nós reivindicados (isonomia, aposentadoria, avaliação, retirar as classes, linha única no contra-cheque). Por outro lado beneficia os professores doutores em final de carreira. O próprio mercadante disse que essa é uma concepção de carreira voltada para os doutores e de incentivo para aqueles que não são a serem.

Questões iniciais principalmente para os recém-contratados:
a) As condições para a qualificação estão dadas?
b) Que condições o governo está impondo para a progressão? O produtivismo?
c) Que garantias essa proposta nos dá para nossa aposentadoria?
d) Essa proposta valoriza de fato o professor que é DE do MS (Magistério Superior) ou nos equipara com MC&T mesmo considerando que eles não tem DE.
e) Porque a proposta beneficia apenas os professores com doutorado em final da carreira, especificamente os professores titulares que só é adimissível por meio de novo concurso?
f) que regras o governo apresenta para a carreira?

O que é nebuloso, é tenebroso, o que não é igualitário é desigual, o que não nos representa enquanto trabalhadores da educação nos prejudica. Está claro?
.... (existem outras perguntas)

Claramente quem sai prejudicado nessa proposta são os novos professores  que estão no início da carreira, os aposentados, todos nós professores federais pois não nos valoriza enquanto DE.

Não estamos apenas brigando por reajuste salarial, mas, por REESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA. Não sejamos pegos pelo engodo do governo: dinheiro$. É o nosso futuro que está em jogo, o presente, também. Sugiro acompanhar os informes pelos canais oficiais de informação da greve www.andes.org.br e a página no facebook Cng Andes.

A mídia não fortalece a luta já que ela não nos representa, e sim, o interesse do governo. Aproveitemos o momento. A GREVE É FORTE! A LUTA É AGORA! Depois pode ser tarde!



2 comentários:

Lossian Barbosa Bacelar Miranda disse...

Deixem-me ver se entendi: vão pagar menos para mim, para que eu seja doutor, queira ser doutor, mesmo que eu não queira ser doutor. Quer isto também dizer que eu devo querer ser doutor apenas para aumentar o salário? E para é que serve ser doutor, então? Apenas para aumentar o salário? Eu pensava que ser doutor significava ir buscar capacitação, acumular mais conhecimentos técnicos, para melhor agir na melhoria social. E de modo tal que aqueles que já o tivesssem, poderiam até dispensar sair correndo atrás deste título. É o meu caso. Tenho um nível de participação em congressos e publicações compatível com a dos doutores (e não é mais alto porque o apoio é baixo). Não me incomodo se doutor ganha mais do que eu. Mas baixar ainda mais o meu salário para me "forçar" a ser doutor... Santa paciência!

A tática de dividir para governar é muito antiga, vem desde a mais remota antiguidade. Até parece que o objetivo da vida do professor é "ser doutor" ou qualquer outro "título". É uma visão muito frágil do que significa ser um professor. De repente e não mais que de repente, o professor passa a ser simplesmente o seu título. Doutor, vale tanto, mestre tando, e assim sucessivamente sem cessar. Se continuar assim, daqui há pouco doutor passa a ser gênero e professor, espécie. Que inversão de valores. MEU DEUS!

Em verdade, repito! O que querem é dividir a categoria. Não, não vão conseguir. Os professores vão marchar juntos, o aumento deve ser para a categoria como um todo, linear. O plano de carreira é uma reivindicação, também, importante em si mesma.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda disse...

Voltaremos ao sistemas de castas?

Deixem-me ver se entendi. Vão pagar menos para mim, para que eu seja doutor, queira ser doutor, mesmo que eu não queira ou não possa ser doutor? Quer isto também dizer que eu devo querer ser doutor apenas para aumentar o meu salário? E para é que serve ser doutor, então? Apenas para aumentar o salário? Eu pensava que ser doutor significava ir buscar capacitação, acumular mais conhecimentos técnicos, para melhor agir na melhoria social. E de modo tal que aqueles que já tivesssem estes conhecimentos, e assim o desejassem, até pudessem dispensar sair correndo atrás deste título, que vale muito mais do que o "quantum monetário". Cada título acadêmico, seja de mestrado, doutorado ou de simples graduação, tem uma história, uma genealogia. O meu, na área de matemática, por exemplo, vem de Tomasius e Leibniz, passando pelos irmãos Bernoulli, Euler, Lagrange, Laplace, Poisson, Chasles, Birkhoff e Steve Smale. E todos ele eram e continuam a ser professores. Tenho um nível de participação em congressos e publicações compatível com o dos doutores (e não é mais alto porque o apoio é baixo). Não me incomodo se doutor ganha mais do que eu. Mas baixar ainda mais o meu salário para me "forçar" a ser doutor... Santa paciência! Já estou para além do "mais prá cá", não tenho mais "muito tempo". Tenho é que cumprir minha missão de professor, na sala de aula pequena e, principalmente, na sala de aula grande, que é o Mundo Todo.

A tática de dividir para governar é muito antiga, vem desde a mais remota antiguidade. Até parece que o objetivo da vida do professor é "ser doutor" ou qualquer outro "título". É uma visão muito frágil do que significa ser um professor. De repente e não mais que de repente, o professor passa a ser simplesmente o seu título. Doutor, vale tanto, mestre tando, e assim sucessivamente sem cessar. Se continuar assim, daqui há pouco doutor passa a ser gênero e professor, espécie. Que inversão de valores. MEU DEUS!

Em verdade, repito! O que querem é dividir a categoria. Não, não vão conseguir. Os professores vão marchar juntos, o aumento deve ser para a categoria como um todo, linear. O plano de carreira é uma reivindicação, não um marco de sistematização de castas dentro da profissão de professor. Veja as propostas no Governo:

http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/noticias/srh/2012/120713_proposta_reestruturacao.pdf
http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/noticias/srh/2012/120713_certificacao.pdf

Esta proposta tem título demais e muito pouco dinheiro. Se alguém as entender melhor, por favor me avise.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda - Professor.