A greve dos docentes da Educação Federal, deflagrada no dia 17 de
maio, hoje conta com 95% das Universidades e Institutos Federais paralisados,
movimento que se fortaleceu, a partir dos dias 11 e 13 de junho, com a greve
dos servidores da educação superior e da educação básica, profissional e
tecnológica.
Muitos professores do IFPI, embora tenham aderido à greve
nacional da Educação Federal e estejam apoiando o movimento, continuam
desenvolvendo atividades em programas como o PARFOR, EAD, Pós-Graduação,
PRONATEC e programas de extensão.
Embora reconheçamos o impacto que a paralisação desses programas
causará para os estudantes e para a instituição, convidamos os professores à
seguinte reflexão: qual a justificativa para que se paralisem as aulas dos
estudantes de cursos integrados, técnicos e superiores, e não se paralisem as
atividades de programas como o PARFOR?
Se os ESTUDANTES do PARFOR, EAD, Pós-Graduação, PRONATEC e
Extensão são alunos regularmente matriculados no IFPI, dizer que eles pertencem
a programas “especiais” ou que “não podem parar” é uma justificativa que não
faz sentido nem do ponto de vista institucional, nem do ponto de vista
pedagógico, e nem do ponto de vista político.
Do ponto de vista institucional a greve deve obrigar o IFPI a reprogramar o
seu calendário acadêmico, o que implica na reprogramação de todas as atividades
e o estabelecimento de novos prazos, inclusive dos programas mencionados.
Do ponto de vista
pedagógico, os professores desenvolvem, nos
programas em questão, atividades similares àquelas desenvolvidas nos cursos
integrados, técnicos e de graduação, essencialmente atividades de ensino, que
envolvem planejamento, regência e avaliação da aprendizagem.
E, do ponto de vista
político, o professor deve refletir sobre a
atitude paradoxal de aderir apenas parcialmente à greve, dando a entender que
alguns alunos seriam mais importantes do que outros, de tal modo que não
deveriam ser atingidos pela greve.
Entendendo que este não deve ser o pensamento
da maioria dos docentes que escolheram manter a atuação nesses programas,
apelamos ao compromisso pedagógico e à coerência política dos professores que
ainda estão mantendo suas atividades nos programas como PARFOR, EAD,
Pós-Graduação, PRONATEC e Programas de Extensão.
Paralisar essas
atividades significa fortalecer a greve,
pressionando o governo por uma solução mais rápida e eficaz para as
reivindicações apresentadas pelo movimento grevista. Nesse sentido, lutamos para que o trabalho docente deixe de
ser precarizado ao ponto de obrigar os professores a recorrer a inúmeros
programas extraordinários a fim de complementar sua renda para ter uma
remuneração mais digna e condizente com suas necessidades.
A GREVE É FORTE, A LUTA É AGORA!
SINDIFPI, 06/07/2012.
4 comentários:
O que signific
SINDIFPI, 02/07/2012. 2012-07-06 T11:18:00 - 03:00 ?
Postado por SINDIFPI - SINDICATO DOS DOCENTES DO IFPI às 11:18
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O que significa
SINDIFPI, 02/07/2012. 2012-07-06 T11:18:00 - 03:00 ?
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No dia 02 de julho de 2012 encaminhei ao Ministério Público Federal comunicado pedindo que os procuradores analisem a correlação entre o programa PARFOR do IFPI e as férias laborais e escolares de alunos e seus filhos e de professores e seus filhos. Não é razoável que hajam atividades nas férias dos professores, dos alunos e dos filhos destes. Peço ao sindifpi que se manifeste a respeito deste tema e também acompanhe a minha representação.
Lossian Barbosa Bacelar Miranda
Parece que a questão do PARFOR não foi conduzida com o cuidado que a complexidade exigia. No sítio
http://portal.andes.org.br/imprensa/noticias/imp-ult-645803416.PDF
podemos ver a carta do ANDES-SN sendo enviada para a CAPES no dia
18 de junho de 2012 e sendo recebida no dia 22 de junho de 2012 (ou 21?). No edital postado em
http://www5.ifpi.edu.br/attachments/article/262/Edital%20PARFOR%2020122%20SELE%C3%87%C3%83O%20DE%20PROFESSORES.pdf
vê-se que o edital do IFPI para seleção dos professores é do dia 19/06/2012. Dava para a CAPES atender ao pedido, mas evitar aulas no PARFOR nestas condições é difícil. Mas ainda há como. Marquem uma reunião com os professores do PARFOR e se informem junto ao Comando Nacional como está a greve no PARFOR nos outros estados. Quanto a mim, sou totalmente contra PARFOR sendo ministrados por colegas em férias.
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